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Economia

- Publicada em 03 de Maio de 2016 às 16:21

Inadimplência de PMEs deve subir em 2016, mas de forma mais discreta, diz Itaú

Agência Estado
O Itaú Unibanco espera que a inadimplência das pequenas e médias empresas siga em alta ao longo dos próximos trimestres, mas de forma mais discreta, de acordo com Marcelo Kopel, diretor de Relações com Investidores do banco. "A aceleração da inadimplência vista na pequena e média empresa não deve subir. A expectativa é de aumento, mas de forma mais discreta", disse ele, em teleconferência com a imprensa, realizada nesta terça-feira (3).
O Itaú Unibanco espera que a inadimplência das pequenas e médias empresas siga em alta ao longo dos próximos trimestres, mas de forma mais discreta, de acordo com Marcelo Kopel, diretor de Relações com Investidores do banco. "A aceleração da inadimplência vista na pequena e média empresa não deve subir. A expectativa é de aumento, mas de forma mais discreta", disse ele, em teleconferência com a imprensa, realizada nesta terça-feira (3).
O índice de calote das micro, pequenas e médias empresas, considerando atrasos acima de 90 dias, teve alta de 0,7 p.p. em março ante dezembro, para 4,3%. A inadimplência das pessoas físicas foi a 5,6% no primeiro trimestre, ante 5,4% no trimestre anterior e 4,5% em um ano.
O banco também espera, conforme Kopel, que os calotes na pessoa física continuem aumentando, impactados pelo maior desemprego no Brasil. Segundo o executivo, não é esperado aumento "abrupto" e o pico dos calotes deve se materializar, a depender dos dados do desemprego, no primeiro semestre de 2017.
O índice de inadimplência do Itaú Unibanco, considerando atrasos acima de 90 dias, subiu 0,4 ponto porcentual em março ante dezembro, para 3,9%. Em um ano, quando estava em 3,0%, o indicador teve piora de 0,9 p.p.
Sobre as grandes empresas, Kopel afirmou que é mais difícil fazer projeções. O índice de inadimplência acima de 90 dias dessa carteira atingiu 1,3% ao final de março, com aumento de 0,3 p.p. ante dezembro. Já o de curto prazo, que compreende atrasos entre 15 e 90 dias, passou de 0,8% em dezembro para 1,4% em março.
"Não necessariamente a inadimplência de curto prazo de grandes empresas deve se materializar para 90 dias. Pode ser regularizado. O indicador das grandes empresas é menos previsível que o da pessoa física que é mais estatístico e modelado. Um grande caso pode gerar distorção no índice", explicou Kopel.
Segundo ele, o banco tem operado com mais garantias nos segmentos que é possível, e na pequena e média empresa, com recebíveis. "Operamos com volume de garantias compatível ao nível de risco do cliente", garantiu o executivo.
O Itaú Unibanco não vislumbra impacto da cobrança do imposto sobre operações financeiras (IOF) na captação via debêntures de leasing, conforme decreto 8.731, editado na segunda-feira pelo governo, explicou Marcelo Kopel. "O que o governo quer, com a mudança, é alongar o prazo das aplicações. Quando olhamos os impactos, a primeira avaliação é de que é baixo, quase que imaterial", disse ele, em teleconferência com a imprensa.
De acordo com Kopel, a cobrança do imposto pode mudar um pouco a dinâmica como as empresas aplicam o seu caixa. "O governo buscou equiparar isso (debêntures de leasing) à tributação de outros instrumentos que existem no mercado", afirmou.
O Itaú Unibanco está focado na integração do chileno CorpBanca, de acordo com Marcelo Kopel. Ao ser questionado sobre o interesse do banco em aquisições como, por exemplo, os ativos do Citi na América Latina, ele disse que o banco está priorizando a integração.
"Quanto a aquisições, estamos muito focados em implementar a fusão no Chile para podemos extrair benefícios tanto no Chile quanto na Colômbia", afirmou Kopel, sem dar mais detalhes.
Sobre a venda da carteira de seguro de vida em grupo e o que sobrou da Garantec - operação de seguro garantia -, o executivo também não deu detalhes. O banco reestruturou sua operação securitária, priorizando segmentos de menor risco, mesma postura que adotou na concessão de crédito.
Neste contexto, vendeu, em 2014, sua carteira de seguros de grandes riscos para a americana Ace por R$ 1,5 bilhão. No mesmo ano, rescindiu de maneira antecipatória o contrato de seguro garantia nas lojas do Ponto Frio e Casas Bahia, pela qual recebeu R$ 584 milhões.
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