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Repórter Brasília

- Publicada em 30 de Maio de 2016 às 21:58

Ciência em risco

Helena Nader

Helena Nader


SBPC/DIVULGAÇÃO/JC
Cientistas estão preocupados com os rumos da ciência e tecnologia no Brasil. Para eles, a fusão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação com o das Comunicações poderá piorar um quadro que já é desolador. A presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, afirmou que o Brasil precisa entender que ciência, tecnologia e inovação devem ser objeto de uma política de Estado. Ela disse ainda que a ciência brasileira, embora jovem, está bem em termos de interdisciplinaridade. No que se refere à inovação, entretanto, o País não mostra bons resultados por causa do número de patentes. "O Brasil está muito bem com suas universidades, com o número de citações. Nós estamos mal é em número de patentes. Esse é um calcanhar de Aquiles que temos que resolver." De acordo com Nader, mesmo que o governo mude de ideia e não extinga a pasta, há a questão do orçamento. "Aumentou o número de pesquisadores, aumentou o número de perguntas e o financiamento é o mesmo de 15 anos atrás."
Cientistas estão preocupados com os rumos da ciência e tecnologia no Brasil. Para eles, a fusão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação com o das Comunicações poderá piorar um quadro que já é desolador. A presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, afirmou que o Brasil precisa entender que ciência, tecnologia e inovação devem ser objeto de uma política de Estado. Ela disse ainda que a ciência brasileira, embora jovem, está bem em termos de interdisciplinaridade. No que se refere à inovação, entretanto, o País não mostra bons resultados por causa do número de patentes. "O Brasil está muito bem com suas universidades, com o número de citações. Nós estamos mal é em número de patentes. Esse é um calcanhar de Aquiles que temos que resolver." De acordo com Nader, mesmo que o governo mude de ideia e não extinga a pasta, há a questão do orçamento. "Aumentou o número de pesquisadores, aumentou o número de perguntas e o financiamento é o mesmo de 15 anos atrás."
Mais recursos
Já para Elíbio Leopoldo Rech Filho, titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC), o Brasil precisa aumentar os recursos destinados à pesquisa e desenvolvimento, que, atualmente, ficam em torno de 2% do PIB, enquanto em outros países correspondem a 3%. Segundo o acadêmico, a descontinuidade nos processos do ministério poderá ser um atraso perigoso e irrecuperável para o País.
Área desanimada
O senador gaúcho Lasier Martins (PDT), presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática, já havia declarado essa preocupação e afirmou que irá enviar ofício ao presidente em exercício Michel Temer (PMDB) para restabelecer a autonomia do Ministério de Ciência e Tecnologia. "Já é uma área desanimada, uma área abandonada, paralisada. As verbas deveriam ser destinadas para o Ministério da Ciência e Tecnologia e dali serem objeto de licitações das empresas interessadas que fazem pesquisas tecnológicas e científicas", afirmou. De acordo com Lasier, o assunto foi esquecido. "Muito pouco ou quase nada tem se falado sobre a necessidade de valorizar a pesquisa científica e tecnológica no governo brasileiro, muito pouco se fala, é um verdadeiro desprezo por esta área fundamental para o futuro do País."
Alheios à ciência
Segundo Lasier, mesmo quando a pasta existia, os ministros indicados não eram os melhores. "São pessoas respeitáveis, homens públicos, mas completamente alheios à ciência e à tecnologia, não têm nada a ver com isso, não são afeitos ao setor científico e tecnológico, numa área em que é essencial, é indispensável ter vivência, conhecimento, vocação para ciência, tecnologia e ambientes de inovação."
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