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Política

- Publicada em 13 de Abril de 2016 às 23:46

Conciliação de precatórios tem primeira rodada

Procuradora Karla Schirmer diz que negociação só pode ser feita com titularidade regular

Procuradora Karla Schirmer diz que negociação só pode ser feita com titularidade regular


FABIANE RIEGER/PGERS /DIVULGAÇÃO/JC
Lívia Araújo
Em sua primeira rodada de negociações com credores de precatórios devidos pelo Estado, a Câmara de Conciliação de Precatórios da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) pagou o montante de R$ 27.504.398,03 a 18 credores, que aceitaram receber 60% do valor devido, conforme o projeto aprovado em setembro de 2015 na Assembleia Legislativa e que integra o pacote de ajustes financeiros do governo de José Ivo Sartori (PMDB).
Em sua primeira rodada de negociações com credores de precatórios devidos pelo Estado, a Câmara de Conciliação de Precatórios da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) pagou o montante de R$ 27.504.398,03 a 18 credores, que aceitaram receber 60% do valor devido, conforme o projeto aprovado em setembro de 2015 na Assembleia Legislativa e que integra o pacote de ajustes financeiros do governo de José Ivo Sartori (PMDB).
A negociação com os credores foi resultado de um acordo que envolveu precatórios do Tribunal de Justiça (TJ), em um acordo de cooperação técnica assinado por PGE, TJ e Tribunal Regional do Trabalho (TRT). De acordo com a dirigente da equipe de precatórios da PGE, Karla Schirmer, o primeiro chamamento para negociação envolveu 47 credores ligados ao TJ - entre os quais, os 18 já negociados - e outros 30 ao TRT ainda em andamento.
"Além disso, tivemos mais 100 credores que manifestaram interesse pela negociação, mas não estavam na ordem cronológica. Temos a perspectiva de que, nas próximas chamadas, estes se manifestem novamente", complementa. A rodada de conciliações anunciada em novembro do ano passado incluía precatórios que datavam de 1987 a 1997.
Segundo Karla, uma parte das negociações, porém, está pendente, porque é necessário que a titularidade dos precatórios seja regularizada. "Isso ocorre quando um credor morre, ou o precatório está em nome de uma empresa incorporada por outra", esclarece, pontuando que o órgão apenas aguarda a regularização para a continuidade do processo.
A procuradora ressalta que a tentativa de conciliação é necessária, porque, apesar do prazo final para o pagamento total da dívida do Estado com precatórios expirar em 2020, o comprometimento de 1,5% da Receita Corrente Líquida (RCL) do Rio Grande do Sul com precatórios tem possibilitado apenas o pagamento de preferências que são, na maioria, de precatórios alimentares. "Só a preferência sozinha já consome todo este valor. No caso da rodada, a fizemos com créditos não alimentares, como desapropriações e adicional de imposto de renda", diz.
Em 2016, o passivo total referente aos precatórios é de R$ 10,02 bilhões, incluindo o novo ingresso de R$ 1,59 bilhão somente para este ano. No caso dos depósitos mensais, o governo do Estado deve arcar com R$ 113,08 milhões por mês, dos quais metade está sendo destinada às conciliações. 
A Câmara de Precatórios da PGE deve publicar novos atos de convocação quando uma nova lista vier do TJ, esta relativa a precatórios de 1998. O balanço de Karla em relação à primeira atuação da Câmara de Conciliação é positiva. "As pessoas não acreditavam que o Estado fosse pagar. Mas, conforme elas veem que parentes e conhecidos começam a receber esses créditos, elas também se motivam a negociar", conclui.
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