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Internacional

- Publicada em 08 de Abril de 2016 às 09:15

Papa clama por mais compreensão em relação a divorciados e homossexuais

Francisco afirma que em cada país ou região, é possível buscar soluções mais inculturadas

Francisco afirma que em cada país ou região, é possível buscar soluções mais inculturadas


GABRIEL BOUYS/AFP/JC
O Papa Francisco reforçou nesta sexta-feira (8), por meio da divulgação da exortação apostólica "Amoris laetitia" ("A alegria do amor"), seu discurso de que os sacerdotes devem ter uma abordagem mais compreensiva em relação a fiéis divorciados e homossexuais, porém sem romper com as posições doutrinárias da Igreja Católica.
O Papa Francisco reforçou nesta sexta-feira (8), por meio da divulgação da exortação apostólica "Amoris laetitia" ("A alegria do amor"), seu discurso de que os sacerdotes devem ter uma abordagem mais compreensiva em relação a fiéis divorciados e homossexuais, porém sem romper com as posições doutrinárias da Igreja Católica.
No documento, apresentado após quase dois anos de trabalho e da realização de dois Sínodos de Bispos para discutir temas ligados ao amor e à família, Francisco afirma que "em cada país ou região, é possível buscar soluções mais inculturadas, atentas às tradições e aos desafios locais" (a tradução em português foi extraída do site do Vaticano).
Sobre divorciados que se casam pela segunda vez -que, pelas regras da Igreja, não têm direito a comungar-, o pontífice escreve que eles "podem encontrar-se em situações muito diferentes, que não devem ser catalogadas ou encerradas em afirmações demasiado rígidas, sem deixar espaço para um adequado discernimento pessoal e pastoral".
No entanto, o papa diz que "o divórcio é um mal, e é muito preocupante o aumento do número de divórcios". "Por isso, sem dúvida, a nossa tarefa pastoral mais importante relativamente às famílias é reforçar o amor e ajudar a curar as feridas, para podermos impedir o avanço deste drama do nosso tempo."
Em uma mensagem que deve agradar aos defensores dos direitos dos gays, Francisco afirma que "qualquer pessoa, independentemente de sua orientação sexual, deve ser respeitada em sua dignidade e tratada com consideração". Para as pessoas com "orientação homossexual", diz o documento, é preciso que a igreja dê a "assistência que eles precisam para entender e levar plenamente com elas a vontade de Deus em suas vidas".
Francisco, no entanto, faz uma ressalva clara em relação ao reconhecimento da união gay. "Temos de admitir a grande variedade de situações familiares que oferecem certa estabilidade, mas uniões 'de facto' ou do mesmo sexo não podem ser simplesmente equiparadas ao matrimônio. Nenhuma união que é temporária ou fechada à transmissão da vida pode garantir o futuro da sociedade."
No capítulo 4 do documento, "O amor no matrimônio", o pontífice aborda a "dimensão erótica do amor", que para ele não pode ser vista como um "mal permissivo ou um ônus a ser tolerado pelo bem da família". Em vez disso, afirma, "tem de ser visto como um presente de Deus que enriquece a relação dos cônjuges".
Francisco reitera a posição contra o aborto, sem dar espaço a circunstâncias em que poderia ser tolerado. "Tão grande é o valor da vida humana, e tão inalienável o direito à vida de uma inocente criança crescendo no útero da mãe, que nenhum alegado direito ao próprio corpo pode justificar a decisão de encerrar essa vida, que é um fim em si mesmo e nunca pode ser considerada 'propriedade' de outro ser humano".
O papa não expõe uma proibição expressa a métodos contraceptivos, mas deixa isso implícito no capítulo em que fala da educação sexual para crianças, especialmente sobre o uso do termo "sexo seguro": "Tais expressões conduzem a uma atitude negativa a respeito da finalidade procriadora natural da sexualidade, como se um possível filho fosse um inimigo de que é preciso se proteger". "Desse modo", diz o texto, "promove-se a agressividade narcisista, em vez do acolhimento".
Folhapress
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