Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Internacional

- Publicada em 05 de Abril de 2016 às 15:29

Primeiro-ministro islandês renuncia após escândalo sobre offshore

Gunnlaugsson acabou cedendo aos protestos de milhares de islandeses que foram às ruas

Gunnlaugsson acabou cedendo aos protestos de milhares de islandeses que foram às ruas


HALLDOR KOLBEINS /AFP/JC
O primeiro-ministro da Islândia, Sigmundur Gunnlaugsson, apresentou sua renúncia ontem, dois dias depois de seu nome aparecer nos documentos da investigação conhecida como "Panama Papers". Após dizer que não deixaria o cargo, Gunnlaugsson cedeu aos protestos de milhares de islandeses que foram às ruas. De acordo com os papéis vazados, ele e sua mulher criaram uma empresa offshore nas Ilhas Virgens Britânicas com a ajuda do escritório de advocacia e consultoria panamenho Mossack Fonseca.
O primeiro-ministro da Islândia, Sigmundur Gunnlaugsson, apresentou sua renúncia ontem, dois dias depois de seu nome aparecer nos documentos da investigação conhecida como "Panama Papers". Após dizer que não deixaria o cargo, Gunnlaugsson cedeu aos protestos de milhares de islandeses que foram às ruas. De acordo com os papéis vazados, ele e sua mulher criaram uma empresa offshore nas Ilhas Virgens Britânicas com a ajuda do escritório de advocacia e consultoria panamenho Mossack Fonseca.
O premiê é acusado de conflitos de interesse por não ter revelado seu envolvimento com a empresa, que tinha participação em bancos islandeses falidos que seu governo deveria supervisionar. Mais cedo, o presidente islandês, Olafur Ragnar Grimsson, havia negado o pedido de Gunnlaugsson de dissolver o Parlamento e convocar novas eleições, o que tornou a situação do premiê praticamente insustentável. Segundo o jornal islandês Morgunbladid, membros do Partido Progressista, ao qual pertence Gunnlaugsson, se reuniram ontem e concordaram que ele não poderia mais permanecer no cargo.
Com isso, Gunnlaugsson é a primeira figura proeminente a ser derrubada pelo vazamento de mais de 11 milhões de documentos financeiros do escritório Mossack Fonseca, que mostram arranjos para evasão fiscal de pessoas ricas e famosas em todo o mundo. Um grupo de jornalistas foi o responsável por divulgar milhares de dados sobre como o escritório abria empresas offshore para operações como lavagem de dinheiro.
Gunnlaugsson nega ter cometido qualquer má conduta e disse que ele e sua esposa pagaram todos os impostos e não fizeram nada ilegal. Segundo disse, seus investimentos financeiros não afetaram as negociações com os credores da Islândia durante a grave crise financeira sofrida pelo país.
O vazamento dos documentos desencadeou promessas de investigação e obrigou líderes, principalmente da Europa, a se defenderem de suspeitas. Dentre os citados no caso estão Ian Cameron, pai do premiê britânico, David Cameron, e aliados próximos ao presidente russo, Vladimir Putin.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO