A instalação da barreira ecológica, que impede a chegada de resíduos sólidos que flutuam pelo arroio Dilúvio ao lago Guaíba, em Porto Alegre, completa um mês hoje. Nesse período, a estrutura reteve quase 20 toneladas de lixo. A Ecobarreira, como é chamada, não conteve o lixo durante esta semana porque está passando por manutenção. A previsão é de que volte a funcionar na semana que vem.
De acordo com Luiz Carlos Zancanella Junior, vice-presidente da Safeweb, empresa de certificações digitais que deu vida ao projeto, a barreira possui um sistema de segurança, que abre automaticamente caso a correnteza do Dilúvio esteja muito forte. Foi o que ocorreu no domingo, depois da intensa chuva que caiu em Porto Alegre. Por isso, a estrutura flutuante passa por manutenção.
A barreira ainda está em fase de testes por um ano. "Verificamos algumas questões que precisaremos alterar. Depois desse período, vamos avaliar com a prefeitura se a estrutura está dando resultados positivos", comenta Zancanella. Por enquanto, a experiência tem sido satisfatória. "A barreira consegue reter quase 98% do lixo que passa por ali. Estamos surpresos com a quantidade de material retirado."
Entre os resíduos recolhidos, estão garrafas pets, papéis, madeira, isopor, capacetes de motociclistas e animais mortos.
Além do sistema, que intercepta qualquer resíduo que flutue pelo arroio em até 20 centímetros de profundidade, a Safeweb, em parceria com a empresa de soluções verdes Ecotelhado, também instalou plantas hidropônicas, que processam os resíduos orgânicos encontrados na água, ajudando a purificá-la.