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Economia

- Publicada em 29 de Abril de 2016 às 09:43

Após 189 anos, Jornal do Commercio do Rio de Janeiro deixa de circular

Edição on-line do Jornal, atualizada pela última vez na quinta-feira, também teve atividades encerradas

Edição on-line do Jornal, atualizada pela última vez na quinta-feira, também teve atividades encerradas


reprodução/JC
Depois de 189 anos, o Jornal do Commercio, do Rio de Janeiro, publica a sua última edição nesta sexta-feira (29). Também encerram as atividades a edição on-line do jornal e o impresso Diário Mercantil. O motivo apresentado pelo grupo Diários Associados é a queda na receita com publicidade. O Jornal do Commercio era o mais antigo jornal em circulação ininterrupta no Brasil.
Depois de 189 anos, o Jornal do Commercio, do Rio de Janeiro, publica a sua última edição nesta sexta-feira (29). Também encerram as atividades a edição on-line do jornal e o impresso Diário Mercantil. O motivo apresentado pelo grupo Diários Associados é a queda na receita com publicidade. O Jornal do Commercio era o mais antigo jornal em circulação ininterrupta no Brasil.
Em dezembro do ano passado, o grupo já havia fechado a Rádio Nativa FM. A Rádio Tupi continuará suas atividades, sendo agora o único veículo do grupo no Rio de Janeiro.
Na década de 1990, no auge, o Jornal do Commercio chegou a contar com 90 profissionais em sua antiga redação, no Centro do Rio. O presidente do Jornal, Mauricio Dinepi, destacou que a publicação resistiu durante 188 anos e meio, mas, com o passar dos anos, a receita encolheu. A redação, hoje sediada em São Cristóvão, tem de 25 a 30 funcionários. Dinepi não especificou o total de demitidos.
De acordo com Dinepi, o primeiro revés para o jornal foi a transferência da negociação de ações da Bolsa do Rio para São Paulo no início dos anos 2000. O segundo golpe na receita ocorreu com o fim da obrigação de publicar balanços financeiros em jornais. Paralelamente a isso, Dinepi ressalta a redução nos anúncios e a força maior da internet. Desde 2012, a situação financeira já não era boa e se agravou com a crise econômica.
"Até 2011, o jornal tinha boa receita, mas, infelizmente, não tivemos estrutura para aguentar sucessivas perdas. O nome e a tradição do jornal não foram suficientes", lamentou Dinepi.
A empresa usará as receitas dos meses de março e abril para regularizar a folha de pagamento dos funcionários, atrasada há um mês e meio.
Sobre o fim da edição on-line, Dinepi explica que a publicação não tem condição de arcar com o investimento. "O jornal impresso é mais caro, o papel é muito custoso, mas para continuar com o site também é preciso ter anunciantes porque exige atualização constante", explica.
Ao longo de sua história, o jornal teve papel importante no movimento que culminou com a abdicação de D. Pedro I ao trono. Seu filho e sucessor, D. Pedro II escrevia sob pseudônimo. Passaram pelo jornal colaboradores como José Maria da Silva Paranhos (Barão do Rio Branco), José de Alencar, Joaquim Nabuco, Rui Barbosa, Visconde de Taunay, entre outros. Com informações da Agência O Globo. 
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