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- Publicada em 29 de Março de 2016 às 19:10

Sob pressão, governo Dilma apressa liberação de verbas orçamentárias

Sob crescente pressão política, o governo Dilma Rousseff (PT) veiculou ontem uma edição extra do Diário Oficial da União para apressar a liberação de verbas orçamentárias, incluindo projetos de interesse de deputados federais e senadores.
Sob crescente pressão política, o governo Dilma Rousseff (PT) veiculou ontem uma edição extra do Diário Oficial da União para apressar a liberação de verbas orçamentárias, incluindo projetos de interesse de deputados federais e senadores.
Por meio de portaria, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, ampliou os limites de desembolso mensal para oito ministérios e para operações de empréstimo.
Até abril, por exemplo, os gastos dessas pastas Educação, Defesa, Transportes, Ciência e Tecnologia, Agricultura, Desenvolvimento Agrário, Planejamento e Advocacia-Geral da União poderão ser ampliados em
R$ 1,8 bilhão.
O total de despesas para o ano não é alterado, mas os pagamentos podem ser feitos de forma mais rápida. Em tese, ao menos, a manobra facilita o atendimento de despesas incluídas no orçamento pelos congressistas, conhecidas como emendas parlamentares.
A portaria informa que a ampliação de limites de pagamento inclui as emendas de bancadas estaduais. A liberação desse tipo de verba é um instrumento tradicional de negociação entre o Palácio do Planalto e o Legislativo.
É atípica a veiculação de uma edição extra do Diário Oficial para uma medida do gênero, que, a princípio, nada tem de urgente. A iniciativa coincidiu com a decisão do PMDB de se retirar da base de apoio governista, em meio ao processo de impeachment de Dilma.
À noite, Dilma se reuniu, no Palácio da Alvorada, com ministros do núcleo político para traçar estratégias na batalha contra o impeachment. O ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência, Jaques Wagner (PT), afirmou ontem que a saída do PMDB abre caminho para uma "repactuação" com as demais siglas da base no Congresso. O governo deve fazer de tudo para segurar o PP, o PR, o PSD e o PTB, porque, caso contrário não conseguirá os 131 votos necessários para barrar o processo.

Presidente da República cancela viagem que faria aos Estados Unidos

A presidente Dilma Rousseff (PT) cancelou a viagem que faria nesta semana para Washington, nos Estados Unidos, onde participaria da Cúpula de Segurança Nuclear. O encontro ocorre nas próximas quinta e sexta-feira, e o embarque da presidente estava previsto para a manhã de quarta. A equipe de suporte que sempre viaja antes da presidente não embarcou ontem e hoje recebeu o aviso de que não haveria mais a agenda. Caso Dilma participasse do compromisso, para o qual são esperados outros chefes de Estado, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assumiria a presidência, como é praxe nas viagens internacionais do presidente da República.
Ontem, o PMDB decidiu romper com o governo federal, em uma decisão tomada por aclamação no encontro do diretório nacional do partido, que durou cerca de três minutos. O partido também decidiu que os seis demais ministros do partido deverão deixar os cargos. O primeiro foi Henrique Eduardo Alves, que deixou o comando do Ministério do Turismo.