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Política

- Publicada em 04 de Março de 2016 às 15:53

'Eu me senti prisioneiro hoje', afirma Lula em coletiva

Lula concedeu coletiva esta tarde em São Paulo

Lula concedeu coletiva esta tarde em São Paulo


ROVENA ROSA/ABR/JC
Estadão Conteúdo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), alvo da Operação Aletheia, ápice da Lava Jato, afirmou que se sentiu "prisioneiro hoje". Na manhã desta sexta-feira (4), o petista foi conduzido coercitivamente - quando o investigado é levado para depor e liberado - pela Polícia Federal. Lula prestou depoimento por mais de três horas em uma sala no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), alvo da Operação Aletheia, ápice da Lava Jato, afirmou que se sentiu "prisioneiro hoje". Na manhã desta sexta-feira (4), o petista foi conduzido coercitivamente - quando o investigado é levado para depor e liberado - pela Polícia Federal. Lula prestou depoimento por mais de três horas em uma sala no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
"A minha indignação é pelo fato de seis horas da manhã terem chegado na minha casa, vários delegados, aliás, muito gentis, não sei se são sempre assim, mas muito gentis, pedindo desculpas, que estavam cumprindo uma decisão judicial e a decisão era do juiz Moro", declarou Lula em entrevista coletiva no diretório nacional do PT, em São Paulo.
No discurso, o ex-presidente criticou a imprensa pelo que considera um "espetáculo midiático" e disse que "hoje quem condena as pessoas são as manchetes".
"Eu me senti ultrajado, como se fosse prisioneiro, apesar do tratamento cortês do delegado da Polícia Federal. Se quiseram matar a jararaca, não bateram na cabeça, bateram no rabo. A jararaca tá viva, como sempre esteve", afirmou.
Lula disse que o juiz Sérgio Moro, que conduz a Lava Jato, poderia tê-lo intimado. "Poderia ter mandado um comunicado. ‘Ô seu Luiz Inácio, quer prestar depoimento em Curitiba?’ Eu gosto de Curitiba, eu poderia ir lá em Curitiba. Assim me facilitava, não precisava pagar uma passagem para ir a Curitiba. Poderia me convidar em Brasília. Eu ia", disse.
"Eu me senti prisioneiro hoje. Eu, sinceramente, já passei por muita coisa na minha vida, não sou homem de guardar ressentimento, guardar mágoa, mas não pode continuar assim."
Para a Procuradoria, "há evidências de que o ex-presidente Lula recebeu valores oriundos do esquema Petrobras por meio da destinação e reforma de um apartamento tríplex e de um sítio em Atibaia, da entrega de móveis de luxo nos dois imóveis e da armazenagem de bens por transportadora". Também são apurados pagamentos ao ex-presidente, feitos por empresas investigadas na Lava Jato, a título de supostas doações e palestras.
"Eu acho que eu merecia um pouco mais de respeito neste País," afirmou.
Num discurso emotivo, o ex-presidente pediu desculpas ainda à sua esposa Marisa Letícia e aos filhos pelo constrangimento pelo qual sua família está passando. Lula disse que está sendo vítima de preconceito e lembrou sua origem humilde e das dificuldades até chegar a Presidência.
Após a fala do ex-presidente Lula, centenas de militantes do lado de fora da sede do PT gritaram "Lula, guerreiro do povo brasileiro" e "Ole, ole, olá, Lula Lula". Também houve gritos de "Não vai ter golpe" e de "Partido, partido, é dos trabalhadores". Muitos acompanhavam pelos celulares a fala do presidente, transmitida ao vivo pelas redes de TV. Os militantes olhava pra cima na esperança de ver Lula acenar na janela e agitavam bandeiras do partido.

Para Lula, estão cerceando o direito de Dilma governar

Agência Brasil
Na entrevista coletiva PT, Lula afirmou que a democracia precisa de "instituições fortes". "É importante que os procuradores saibam que uma instituição forte tem que ter profissionais responsáveis." 
O ex-presidente também destacou a autonomia da Presidência da República. "Queria aproveitar para dizer que se tem alguém que precise de autonomia é a presidente da República [Dilma Rousseff]. Estão cerceando o direito dessa mulher de governar esse país", falou.
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