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Internacional

- Publicada em 08 de Março de 2016 às 21:32

Republicanos fazem cálculos para convenção disputada

Com a disputa republicana à Casa Branca mergulhada numa guerra entre Donald Trump e a elite partidária, torna-se cada vez mais provável um cenário inédito para o partido desde 1948: a "convenção disputada". Nele, nenhum concorrente tem a maioria simples de votos de delegados partidários para garantir a candidatura e há nova votação, sem seguir as prévias estaduais.
Com a disputa republicana à Casa Branca mergulhada numa guerra entre Donald Trump e a elite partidária, torna-se cada vez mais provável um cenário inédito para o partido desde 1948: a "convenção disputada". Nele, nenhum concorrente tem a maioria simples de votos de delegados partidários para garantir a candidatura e há nova votação, sem seguir as prévias estaduais.
Trump lidera a corrida e as pesquisas na maioria dos Estados em disputa nas próximas semanas. Matematicamente, tem como conquistar os delegados necessários. Mas suas margens são pequenas, se considerada a soma dos adversários e o fato de vários Estados dividirem seus delegados na mesma razão que os votos das urnas. Além disso, as derrotas no último fim de semana para o senador Ted Cruz reanimaram no bloco anti-Trump a convicção de que é possível "sangrar" sua candidatura e tentar virar o jogo.
"Uma coisa é o Trump chegar à convenção com 48%, 49% dos delegados, aí dificilmente haverá uma batalha", disse o governador do Tennessee, Bill Haslam, que apoia o senador Marco Rubio. Mas se chegar com 35% ou 40% [dos votos], é diferente".
Sem se unir em torno de um só candidato, a torcida da cúpula republicana é que os três adversários -Cruz, Rubio e o governador de Ohio, John Kasich- conquistem uma parte dos delegados em jogo para formar uma barreira anti-Trump, a começar das realizadas nesta terça (8) em Michigan e mais três Estados. Até as 21h de hoje, a votação não havia terminado em nenhum deles.
Para a estratégia dar certo, Trump precisa sofrer derrotas na decisiva rodada de votações do dia 15. O foco são Flórida e Ohio, nos quais o vencedor ganha todos os delegados. Até a noite de ontem, Trump tinha 384 delegados, Cruz 300, o senador Marco Rubio, 151 e o governador de Ohio, John Kasich, tem 37.
Em Ohio, Kasich está quase empatado com Trump nas pesquisas, mas Rubio continua em um distante segundo lugar na Flórida, seu Estado. São necessários 1.237 delegados para ganhar a candidatura republicana, e Trump tem menos de 1/3 disso. Nos comitês anti-Trump, a aposta contra o bilionário nos dois Estados foi exposta num encontro no fim de semana em um resort na Geórgia.
Entre os participantes, estava presidente da Câmara, o republicano Paul Ryan, e pesos-pesados de empresas de tecnologia e mídia, como o CEO da Apple, Tim Cook, Larry Page, co-fundador do Google, e o publisher do jornal The New York Times, Arthur Sulzberger.
A contragosto, muitos republicanos já veem o ultraconservador Cruz como opção. Embora seja considerado um dos políticos mais odiados em Washington, Cruz tornou-se uma alternativa mais real ao deixar Rubio para trás e se consolidar como adversário de Trump.
Para outros, porém, apoiar Cruz como "um mal menor" oculta o perigo que o extremismo do senador representa para o partido e o país. "Se o Partido Republicano sobreviver como um partido nacional decente e viável, não pode se agarrar à ortodoxia desbotada de Cruz nem se mover para o feio nacionalismo de Trump. Precisa achar alternativa", escreveu David Brooks, colunista do Times.
Folhapress
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