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Empresas & Negócios

- Publicada em 15 de Março de 2016 às 15:25

Masutti & Copat busca crescer sustentada pela inovação

 Masutti Copat - Rodrigo Copat  - divulgação Masutti Copat

Masutti Copat - Rodrigo Copat - divulgação Masutti Copat


MASUTTI COPAT/DIVULGAÇÃO/JC
Roberto Hunoff
Criada há 35 anos para a fabricação de telas, a Masutti & Copat é, atualmente, reconhecida como uma das mais inovadoras empresas fornecedoras de acessórios para a indústria de móveis. Já recebeu dezenas de premiações no Brasil e no exterior por produtos sem similar no mercado, desenvolvidos a partir da estratégia de oferecer soluções para problemas do cotidiano. A aposta na inovação também rendeu crescimento robusto nos últimos anos, inclusive nos mais recentes, quando a maioria das organizações padece de queda de receita. Rodrigo Copat, integrante da segunda geração dos controladores e gerente de operações da empresa de Bento Gonçalves, sustenta que o objetivo é aproveitar este momento para fechar parcerias internacionais e investir em modernização dos processos visando à manutenção do ciclo de crescimento mesmo neste cenário de crise.
Criada há 35 anos para a fabricação de telas, a Masutti & Copat é, atualmente, reconhecida como uma das mais inovadoras empresas fornecedoras de acessórios para a indústria de móveis. Já recebeu dezenas de premiações no Brasil e no exterior por produtos sem similar no mercado, desenvolvidos a partir da estratégia de oferecer soluções para problemas do cotidiano. A aposta na inovação também rendeu crescimento robusto nos últimos anos, inclusive nos mais recentes, quando a maioria das organizações padece de queda de receita. Rodrigo Copat, integrante da segunda geração dos controladores e gerente de operações da empresa de Bento Gonçalves, sustenta que o objetivo é aproveitar este momento para fechar parcerias internacionais e investir em modernização dos processos visando à manutenção do ciclo de crescimento mesmo neste cenário de crise.
JC Empresas & Negócios - Como a Masutti & Copat mantém o ritmo de crescimento anual de dois dígitos em um momento de crise severa?
Rodrigo Copat - A empresa nasceu em 1980 a partir da sociedade de dois amigos para fazer telas de arames. Em função das crises, ingressou no segmento moveleiro, aproveitando a grande demanda por móveis tubulares. Quando este setor entrou em dificuldades, apostou-se na linha de acessórios, o que levou a uma ascensão fantástica a partir de 2000, porque até então esses produtos eram importados. Avançamos até 2008, quando a situação se estabilizou. Foi quando passamos a olhar para dentro da empresa e entendemos que era preciso inovar. Em 2010, trabalhamos com consultoria, contratamos escritório de design e nos atiramos no mercado de acessórios. Em 2011, houve a cisão da sociedade, com a saída da família Masutti. Desde então, não paramos de evoluir. No ano passado, elevamos o faturamento em torno de 15%, contrariando todas as visões negativas. Isto demonstra que foi certa a decisão de apostar na inovação.
Empresas & Negócios - Como a empresa se posiciona hoje?
Copat - Antes, o foco era em produtos feitos a partir de commodities, muito básicos. Com a cisão, abriu-se a oportunidade efetiva de mudança, e trabalhamos com diferentes matérias-primas, como chapas, multilaminados, tecidos e plásticos.
Empresas & Negócios: O que foi feito para mudar esta cultura?
Copat: A ruptura da sociedade permitiu que se acrescentasse o diferente à empresa. Inovar é custoso e difícil, mas dá resultados e, depois que se consolida, não tem volta. A filosofia da equipe também precisa estar preparada, pois nossos funcionários eram especialistas em commodities e tiveram de mudar. Vender uma inovação é mais trabalhoso, não é só questão de preço. Buscamos um mercado diferenciado formado por arquitetos, especificadores de projetos e a engenharia da indústria moveleira. Conversamos muito em busca de feedback. Não basta apenas inventar algo novo, com design diferente. É precisa agregar receita ao negócio, é preciso vender
Empresas & Negócios - Os clientes também mudaram?
Copat - Temos as grandes marcas moveleiras que valorizam o conceito e a inovação e aquelas que trabalham com produtos de menor valor agregado. Buscamos trabalhar com o mercado de valor mais elevado e atendemos públicos A e B. Isso nos deu visibilidade. Nossos produtos são referência na América Latina, região visitada por representantes das grandes marcas mundiais deste segmento. Empresas internacionais têm nos procurado para distribuir seus produtos no Brasil em função da percepção de que não somos commodities, mas diferenciados.
Empresas & Negócios: É possível que essas parcerias de distribuição se transformem em alianças mais efetivas?
Copat: Distribuímos produtos da marca Grass, que produz sistemas especiais usados em indústrias mundiais, e há outras possibilidades em negociação. Sempre procuramos avaliar negócios. Ao inovarmos em produtos, fazemos o mesmo em serviços e estratégias.
Empresas & Negócios - Qual é a expectativa da diretoria para os próximos anos?
Copat - Queremos continuar prosperando. Pode parecer difícil, mas o mercado carece de novidades. Em 2016, iniciamos projeto de manter evolução de dois dígitos com base em lançamentos. A linha atual tende a se estabilizar, mas com originalidade vamos avançar. O mercado moveleiro tem faixas de consumo diferentes. A que atendemos cresceu de 20% a 25%. Por isso, tivemos desempenho positivo em 2015. Neste ano, queremos investir na chamada linha organização, voltada aos produtos complementares do setor moveleiro. Por exemplo, uma fruteira, que será vendida em outro canal e não diretamente à indústria.
Empresas & Negócios - Com essas mudanças, como se compõe a receita da empresa?
Copat - Existe pequeno percentual deste novo mercado, de 3% a 4%. A distribuição e indústria moveleira dividem de forma igual o restante do valor. Até quatro anos atrás, a indústria tinha 70% e a revenda 30%.
Empresas & Negócios - Qual é a contribuição do mercado externo no faturamento?
Copat - Exportar sempre é uma dificuldade, porque o País não se vê como exportador. Mesmo com os programas de incentivo, participa-se de poucos projetos, o imposto encarece e isso nos limita ao Mercosul. Também vendemos para Colômbia, Peru e Bolívia, mas em menor escala por causa da carga tributária. Deveria haver postura comercial mais agressiva na exportação, mas conseguimos driblar isso com produtos sem similares. Até cinco anos, vendia-se uma mercadoria tradicional, facilmente importada da China a um quarto do nosso preço. Hoje, temos itens diferenciados, de valor agregado, por isso conseguimos exportar em maior volume. No ano passado, elevamos os valores em 300% e a participação ficou na casa de 3% a 4%. Temos um produto diferenciado, mas precisamos estruturar a empresa para aproveitar esta vantagem.
 
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