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Opinião

- Publicada em 23 de Fevereiro de 2016 às 17:08

Da minha saúde cuido eu

No dia 16 de fevereiro, a população de Porto Alegre foi abençoada com uma nova lei absurda, a da proibição dos saleiros nas mesas de restaurantes da cidade. Absurda em dois aspectos: primeiro, o do assunto em si, uma intromissão no direito de escolha do indivíduo; segundo, pelo total desperdício de recursos públicos e tempo discutindo-se algo irrelevante para a cidade de Porto Alegre.
No dia 16 de fevereiro, a população de Porto Alegre foi abençoada com uma nova lei absurda, a da proibição dos saleiros nas mesas de restaurantes da cidade. Absurda em dois aspectos: primeiro, o do assunto em si, uma intromissão no direito de escolha do indivíduo; segundo, pelo total desperdício de recursos públicos e tempo discutindo-se algo irrelevante para a cidade de Porto Alegre.
Com relação ao primeiro aspecto, é fato que o sal em excesso é causador de diversas complicações na saúde, mas, ao mesmo tempo, isso é de conhecimento geral da população. Cabe ao indivíduo optar por usá-lo ou não, e não ao Estado dificultar o acesso ao produto. A mesma coisa acontece com medicamentos que não necessitam de receita, que agora ficam atrás do balcão, e não em locais de acesso imediato do consumidor. Todos sabem que tomar algo sem consultar o médico pode fazer mal à saúde, mas não é uma lei colocando atrás do balcão que vai mudar algo. São pequenas atitudes como essas que mostram a intromissão do Estado na liberdade do indivíduo, e nós, que a perdemos bem lentamente, não vamos notando o quão mais dependentes e aprisionados pelo Estado ficamos.
O segundo aspecto é o total desperdício de dinheiro público em algo tão inútil e absurdo como a imposição de uma dificuldade à escolha pessoal. Um milhão e 400 mil cidadãos de Porto Alegre pagam salários, assessores, viagens, auxílios dos mais variados tipos, férias e demais gastos para 36 vereadores perderem tempo discutindo e votando se devemos ou não ter sal à disposição nas mesas de nossos restaurantes? É isso que nossa cidade precisa neste momento, ou melhor, em qualquer momento?
Qual será então a próxima medida dos representantes do povo? Só poderão ser vendidos refrigerantes "zero", e quem quiser o normal terá de pedir o sachê de açúcar no caixa? Ou quem sabe nas churrascarias de rodízio só serviremos carne magra, e quem quiser uma com gordura deve fazer um pedido ao garçom? Afinal, açúcar e gordura em excesso também fazem mal.
Associado do IEE
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