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Voluntários querem salvar árvores derrubadas no Parque da Redenção
Movimento busca replantio de árvores que tombaram na supertempestade no Parque da Redenção
Patrícia Comunello/Especial/JC
Patrícia Comunello
Um grupo de ambientalistas corre contra o tempo e em favor da vida de árvores que foram vítimas da supertempestade de 29 de janeiro, que atingiu parte de Porto Alegre. Eles lançaram o Mutirão para levantar as árvores da Redenção. A mobilização ocorre por rede social para conseguir as aptidões para o grande momento.
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Um grupo de ambientalistas corre contra o tempo e em favor da vida de árvores que foram vítimas da supertempestade de 29 de janeiro, que atingiu parte de Porto Alegre. Eles lançaram o Mutirão para levantar as árvores da Redenção. A mobilização ocorre por rede social para conseguir as aptidões para o grande momento.
A missão: replantar espécies que foram arrancadas, cujas raízes estão expostas em meio à devastação que ainda choca os frequentadores de um dos parque mais populares da Capital.
Nesta quinta-feira (18), será o dia do replantio. A partir das 9h, começa a concentração para o dia de trabalho. Na lista de tarefas, estão planejamento dos trabalhos, que estão sendo organizados junto com a administração do parque, e materiais - de fitas e etiquetas demarcadoras a equipamento de localização por GPS, retroescavadeira, arames, estacas, pedaços de pneus e marretas.
"A ação tem de ser rápida pois as árvores estão desidratando", diz o arquiteto e urbanista, Ibirá Santos Lucas. "Somos pessoas sensibilizadas que perceberam a necessidade de ajudá-las a levantar (as árvores)", diz ainda Lucas, em sua página no Facebook.
O biólogo e mestrando em Ecologia Vegetal na Ufrgs Marcelo Frangipani criticou os cortes feitos após o temporal pelos setores da prefeitura. "Na limpeza do parque, muitas árvores foram cortadas em sua base. Deveriam ter feito de forma adequada para a recuperação do vegetal", adverte Frangipani.
No sábado passado, os voluntários partiram para a ofensiva. Durante o dia, rastrearam em todo o parque as vítimas do mau tempo e ainda as baixas no estágio da limpeza apressada. "Foram um ligustrun, dois chal-chal, duas paineiras, uma tipuana e um guatambu para reerguimento", listou o filósofo e ambientalista Luís Salvi, como resultado do inventário voluntário. Salvi acrescenta que ainda foram registrados 40 tocos cortados e que podem ser preservados. "Eles estão rebrotando!."
Pelos menos 80 árvores foram atingidas somente na Redenção. Em toda cidade, o número teria alcançado 3 mil. A reação do grupo despontou logo após o estrago. Formado por biólogos, arquitetos, filósofos e outros militantes da causa verde, os voluntários demarcaram no sábado passado (13) os exemplares que indicam ter alguma chance de sobreviver.
Eles podiam ser vistos cercando grandes raízes e troncos ceifados. Em minutos, uma fita amarela era estendida envolvendo o vegetal. Cada vegetal ganhou um número e foi lançado no inventário. "Foi a pressa da motosserra trabalhar. Tem de dar chance à vida", disse Roberto Jakubaszko, economista e integrante do Conselho de Usuários do Parque da Redenção. Salvi esclareceu que cada espécie cercada deve ser protegida e estudada.
O mutirão será só o começo. Depois da etapa de replantio, o grupo quer organizar e acompanhar de perto o período de podas, que abre em abril.