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- Publicada em 17 de Fevereiro de 2016 às 15:37

Voluntários querem salvar árvores derrubadas no Parque da Redenção

Movimento busca replantio de árvores que tombaram na supertempestade no Parque da Redenção

Movimento busca replantio de árvores que tombaram na supertempestade no Parque da Redenção


Patrícia Comunello/Especial/JC
Patrícia Comunello
Um grupo de ambientalistas corre contra o tempo e em favor da vida de árvores que foram vítimas da supertempestade de 29 de janeiro, que atingiu parte de Porto Alegre. Eles lançaram o Mutirão para levantar as árvores da Redenção. A mobilização ocorre por rede social para conseguir as aptidões para o grande momento. 
Um grupo de ambientalistas corre contra o tempo e em favor da vida de árvores que foram vítimas da supertempestade de 29 de janeiro, que atingiu parte de Porto Alegre. Eles lançaram o Mutirão para levantar as árvores da Redenção. A mobilização ocorre por rede social para conseguir as aptidões para o grande momento. 
A missão: replantar espécies que foram arrancadas, cujas raízes estão expostas em meio à devastação que ainda choca os frequentadores de um dos parque mais populares da Capital.
Nesta quinta-feira (18), será o dia do replantio. A partir das 9h, começa a concentração para o dia de trabalho. Na lista de tarefas, estão planejamento dos trabalhos, que estão sendo organizados junto com a administração do parque, e materiais - de fitas e etiquetas demarcadoras a equipamento de localização por GPS, retroescavadeira, arames, estacas, pedaços de pneus e marretas.   
"A ação tem de ser rápida pois as árvores estão desidratando", diz o arquiteto e urbanista, Ibirá Santos Lucas. "Somos pessoas sensibilizadas que perceberam a necessidade de ajudá-las a levantar (as árvores)", diz ainda Lucas, em sua página no Facebook.
O biólogo e mestrando em Ecologia Vegetal na Ufrgs Marcelo Frangipani criticou os cortes feitos após o temporal pelos setores da prefeitura. "Na limpeza do parque, muitas árvores foram cortadas em sua base. Deveriam ter feito de forma adequada para a recuperação do vegetal", adverte Frangipani.
No sábado passado, os voluntários partiram para a ofensiva. Durante o dia, rastrearam em todo o parque as vítimas do mau tempo e ainda as baixas no estágio da limpeza apressada. "Foram um ligustrun, dois chal-chal, duas paineiras, uma tipuana e um guatambu para reerguimento", listou o filósofo e ambientalista Luís Salvi, como resultado do inventário voluntário. Salvi acrescenta que ainda foram registrados 40 tocos cortados e que podem ser preservados. "Eles estão rebrotando!."
Crédito: Patrícia Comunello/Especial/JC
  • Movimento busca replantio de árvores
  • Crédito: Patrícia Comunello/Especial/JC
  • Exemplar de tipuana que teve tronco cortado após o temporal
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  • Voluntários trabalharam no sábado (13) para identificar exemplares que tombaram na supertempestade
  • Crédito: Patrícia Comunello/Especial/JC
  • Movimento busca replantio de árvores que tombaram na supertempestade no Parque da Redenção
  • Crédito: Patrícia Comunello/Especial/JC
  • Fita amarela envolvendo o vegetal virou símbolo para proteger contra retirada
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  • Cada exemplar recebeu o aviso de "não cortar"
  • Crédito: Patrícia Comunello/Especial/JC
  • Árvores a serem erguidas são marcadas com números
  • Crédito: Patrícia Comunello/Especial/JC
    Pelos menos 80 árvores foram atingidas somente na Redenção. Em toda cidade, o número teria alcançado 3 mil. A reação do grupo despontou logo após o estrago. Formado por biólogos, arquitetos, filósofos e outros militantes da causa verde, os voluntários demarcaram no sábado passado (13) os exemplares que indicam ter alguma chance de sobreviver.
    Eles podiam ser vistos cercando grandes raízes e troncos ceifados. Em minutos, uma fita amarela era estendida envolvendo o vegetal. Cada vegetal ganhou um número e foi lançado no inventário. "Foi a pressa da motosserra trabalhar. Tem de dar chance à vida", disse Roberto Jakubaszko, economista e integrante do Conselho de Usuários do Parque da Redenção. Salvi esclareceu que cada espécie cercada deve ser protegida e estudada.
    O mutirão será só o começo. Depois da etapa de replantio, o grupo quer organizar e acompanhar de perto o período de podas, que abre em abril.
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