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Economia

- Publicada em 23 de Fevereiro de 2016 às 21:43

Manlec coloca em prática seu plano de recuperação

 FACHADA DA ANTIGA LOJA DA MANLEC NA FRENTE DA PRAÇA OTAVIO ROCHA, NO CENTRO DA CAPITAL.. O PRÉDIO PASSA POR REFORMAS PARA A INAUGURAÇÃO DA LOJA DE VESTUÁRIO RIACHUELO.    NA FOTO: TAPUMES EM TODA A EXTENSÃO DA FACHADA DO PRÉDIO QUE APRESENTA SINAIS DE REFORMAS EXTERNAS.

FACHADA DA ANTIGA LOJA DA MANLEC NA FRENTE DA PRAÇA OTAVIO ROCHA, NO CENTRO DA CAPITAL.. O PRÉDIO PASSA POR REFORMAS PARA A INAUGURAÇÃO DA LOJA DE VESTUÁRIO RIACHUELO. NA FOTO: TAPUMES EM TODA A EXTENSÃO DA FACHADA DO PRÉDIO QUE APRESENTA SINAIS DE REFORMAS EXTERNAS.


JOÃO MATTOS/JC
Marina Schmidt
Depois de aprovado pela assembleia de credores em dezembro, o plano de recuperação judicial da rede varejista Manlec está prestes a entrar em execução. Ontem, a proposta da empresa, construída ao longo do último ano, foi homologada pela Justiça, permitindo à empresa aplicar as medidas propostas.
Depois de aprovado pela assembleia de credores em dezembro, o plano de recuperação judicial da rede varejista Manlec está prestes a entrar em execução. Ontem, a proposta da empresa, construída ao longo do último ano, foi homologada pela Justiça, permitindo à empresa aplicar as medidas propostas.
Um dos primeiros passos a ser dado pela empresa é o leilão de um imóvel localizado na avenida Assis Brasil, avaliado em R$ 26 milhões - primeira loja do grupo, aberta em 1960. Mesmo que o certame não chegue a esse valor, ainda assim alcançará recursos necessários para quitar passivos trabalhistas que somam R$ 11 milhões, detalha o advogado do grupo, João Medeiros Fernandes Junior. O valor devido ao grupo de trabalhadores será pago integralmente e sem deságio, diferentemente dos demais credores que se ajustaram às condições estabelecidas no plano. "O pagamento será feito com 15 meses de carência e em média 96 meses para quitação dos débitos", detalha.
O deságio dos valores e prazo de parcelamento dos débitos dependerá da opção de cada credor. Os que optarem por receber o montante parcelado em 70 meses obterão o valor com 70% de deságio. Os que escolherem a remuneração em 180 meses embolsaram todo o valor devido.
Dessa forma, o prazo de pagamento pode variar de sete a 15 anos e o deságio poderá chegar a, no máximo, 70%, dependendo do caso. O advogado explica que foi acertado que os credores que aceitarem manter o fornecimento para a empresa terão prioridade nos pagamentos. "Isso vai ajudar a viabilizar as operações da empresa", sinaliza.
No total, as dívidas da Manlec chegam a R$ 115 milhões, tendo como principais credores os trabalhadores, fornecedores e instituições bancárias. "A grande questão é sempre financeira", aponta sobre a principal origem dos débitos. Além das dívidas com bancos, Fernandes Junior cita o momento de retração do varejo como outro fator que aprofundou a crise da empresa e que torna o desafio da recuperação ainda mais complexo, diante de um mercado consumidor apático e em desaceleração. "O cenário é difícil e vai ser complicado", avalia.
Ainda assim, ele projeta que a rede conseguirá contornar as dificuldades. "Os credores aprovaram o plano dizendo que, em tese, ela tem condições de recuperação", pondera. Para enfrentar o desafio, a Manlec já vem enxugando as operações. Com cerca de 220 funcionários atualmente, o grupo tinha 580 empregados quando as dificuldades levaram a empresa a buscar a recuperação. A readequação também levou a diminuição no número de lojas, que passaram de 38 para 26.
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