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Economia

- Publicada em 14 de Fevereiro de 2016 às 17:34

iFood adquire startup gaúcha de pedidos on-line de comida

Bruno Tusset, Kenner Grings e Anderson Onzi formam o time da Devorando

Bruno Tusset, Kenner Grings e Anderson Onzi formam o time da Devorando


Ventiur/Divulgação/JC
Patrícia Comunello
Uma das maiores plataformas de pedidos e entrega on-line de comida do Brasil, o iFood, abocanhou, literalmente, a startup gaúcha Devorando. Os sócios-fundadores, que criaram a empresa em Farroupilha, em 2013, vão continuar na operação e já projetam dobrar a base de estabelecimentos até o fim de 2016. Dos atuais 500 restaurantes e outros tipos de serviços de alimentação, a meta é chegar a uma base de mil empresas que utilizam o canal. O crescimento deve ser turbinado pelo avanço em novas regiões, com entrada em cidades como Santa Maria e Pelotas. O Devorando foca cidades entre 100 mil e 500 mil habitantes.
Uma das maiores plataformas de pedidos e entrega on-line de comida do Brasil, o iFood, abocanhou, literalmente, a startup gaúcha Devorando. Os sócios-fundadores, que criaram a empresa em Farroupilha, em 2013, vão continuar na operação e já projetam dobrar a base de estabelecimentos até o fim de 2016. Dos atuais 500 restaurantes e outros tipos de serviços de alimentação, a meta é chegar a uma base de mil empresas que utilizam o canal. O crescimento deve ser turbinado pelo avanço em novas regiões, com entrada em cidades como Santa Maria e Pelotas. O Devorando foca cidades entre 100 mil e 500 mil habitantes.
A aquisição deve reforçar a atuação do iFood no Sul do País. Hoje, há, no Brasil, três players que mais crescem e aumentam a briga pelo mercado. O iFood é considerado o líder, seguido de PedidosJá e HelloFood. O Devorando tem a maior base nas regiões da Serra Gaúcha e Vale do Sinos. Passo Fundo tem apresentado velocidade maior de adesão, área que foi incluída nos últimos meses. A nova base se integra à de Porto Alegre, que tem pouco mais de 100 pontos que utilizam o iFood, informou o diretor comercial do Devorando, Anderson Onzy.
Onzy e os amigos Bruno Tusset (diretor de marketing e administrativo) e Kenner Grings (diretor de tecnologia) lançaram a operação com capital próprio, formado por economias de antigos empregos.   
A negociação entre a plataforma nacional, os empreendedores e a Ventiur (aceleradora e líder do grupo de investidores-anjo que aportou recursos no Devorando em 2014) foi sacramentada na quinta-feira passada e não teve os valores da transação revelados. As conversações teriam começado em meados do segundo semestre de 2015. O anúncio repercutiu no segmento de operações nascentes do Estado como um dos negócios mais importantes do setor. Onzy explicou que a estrutura, situada no Tecnosinos, em São Leopoldo, não será mudada. "Vamos conseguir crescer de verdade. Éramos apenas uma marca, agora faremos algo muito maior." 
A migração do banco de dados da empresa para o iFood já começou. A plataforma local continuará ativa. Os clientes poderão optar pelo aplicativo de sua preferência para pedir comida, tanto do iFood como do Devorando. Os dois permitem pedidos pela internet e smartphones nos sistemas operacionais iOS, Android e Windows Phone. A taxa cobrada por pedido segue o mesmo patamar nas duas marcas, de 12%. No Devorando, há alguma diferenciação de acordo com o tamanho do negócio.
O diretor executivo da Ventiur, Sandro Cortezia, destacou que o foco bem definido da startup nos mercados do Vale do Sinos e Serra despertou o interesse do iFood. "Além da atitude empreendedora e criatividade, a complementaridade de competências foi fator crítico de sucesso no caso do Devorando", destacou Cortezia. Para a startup local e o novo dono, o desafio é elevar o interesse de consumidores e estabelecimentos pelo delivery on-line, reduzindo a supremacia da tele-entrega.
No Brasil, 6% a 7% dos pedidos usam plataformas digitais. O setor todo (usando telefone e aplicativos) movimenta R$ 9 bilhões por ano. "Tem muito para crescer e mais rápido", diz Onzy. "Há ainda uma resistência cultural das pessoas, mas os anúncios em mídia de massa estão popularizando as ferramentas."
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