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Economia

- Publicada em 03 de Fevereiro de 2016 às 20:39

Governo brasileiro já dá como certa perda do selo de bom pagado pela Moody's

Em visita ao País para sua rodada de avaliação das contas brasileiras, a agência de classificação de risco Moody's dificilmente deixará de retirar do Brasil o selo de bom pagador até o próximo mês. Essa é a opinião de assessores da presidente Dilma Roussef, lembrando que a agência já havia sinalizado, em dezembro, que essa era sua tendência ao revisar a perspectiva da nota brasileira de "estável" para "negativa". Confirmada a previsão do governo, será a terceira das três mais importantes agências de classificação de risco a retirar o grau de investimento do País. Antes dela, a Standard & Poor's e a Fitch já haviam tomado essa decisão.
Em visita ao País para sua rodada de avaliação das contas brasileiras, a agência de classificação de risco Moody's dificilmente deixará de retirar do Brasil o selo de bom pagador até o próximo mês. Essa é a opinião de assessores da presidente Dilma Roussef, lembrando que a agência já havia sinalizado, em dezembro, que essa era sua tendência ao revisar a perspectiva da nota brasileira de "estável" para "negativa". Confirmada a previsão do governo, será a terceira das três mais importantes agências de classificação de risco a retirar o grau de investimento do País. Antes dela, a Standard & Poor's e a Fitch já haviam tomado essa decisão.
A equipe econômica não acredita, porém, que um novo rebaixamento provoque turbulências no mercado, porque o Brasil já havia perdido o selo de bom pagador de duas agências - o que leva vários investidores a serem obrigados a retirar suas aplicações do País.
No ano passado, em agosto, a Moody's já havia deixado o Brasil a um passo da perda do grau de investimento. Depois, em dezembro, colocou a nota brasileira em perspectiva negativa.
A Moody's avalia o Brasil como Baa3, último patamar na escala de grau de investimento da agência, mas que indica que o País não corre o risco de dar calote na dívida. Entre as principais agências de classificação do mundo, somente a Moody's mantém o Brasil com grau de investimento.
Para receber recursos de investidores internacionais, como fundos de pensão estrangeiros, um país precisa receber a classificação de grau de investimento de, pelo menos, duas agências. Em setembro, a Standard & Poor's rebaixou o Brasil. A Fitch seguiu a decisão e retirou o selo de bom pagador em dezembro do ano passado.
A equipe da Moody's esteve no dia 2 com o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Ontem, foi a vez de o ministro Nelson Barbosa (Fazenda) se encontrar com os técnicos.
Barbosa buscou mostrar que o governo não abandonou a meta de melhorar o resultado fiscal e pretende fazer o necessário para fechar o ano com superávit primário de 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto). O ministro reconhece que a tarefa de convencer a agência é "difícil", mas não descarta conseguir um "voto de confiança".
A reunião com o ministro da Fazenda durou cerca de duas horas. A equipe da Moody's deixou o ministério sem falar com a imprensa.
A principal preocupação da agência é com a frágil situação fiscal do Brasil. Depois de registrar um déficit primário de R$ 115 bilhões, cerca de 2% do PIB em 2015, a Moody's não acredita que o governo consiga cumprir a meta. Standard & Poor's e Fitch também apontaram a crise fiscal como o principal motivo para a retirada do grau de investimento.
 
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