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Navegação

- Publicada em 05 de Fevereiro de 2016 às 19:08

ABTP defende autonomia na tomada de decisões

 POLO NAVAL DE RIO GRANDE    NA FOTO: TECON, RIO GRANDE

POLO NAVAL DE RIO GRANDE NA FOTO: TECON, RIO GRANDE


ANTONIO PAZ/JC
O porto do Rio Grande tem uma enorme vantagem em relação aos seus rivais no País, que é o fato de ter disponibilidade de acesso através de todos os modais: rodoviário, ferroviário e hidroviário. Porém, para desenvolver seu potencial a pleno, o diretor-presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), Wilen Manteli, defende uma maior independência para a Superintendência do Porto do Rio Grande (Suprg).
O porto do Rio Grande tem uma enorme vantagem em relação aos seus rivais no País, que é o fato de ter disponibilidade de acesso através de todos os modais: rodoviário, ferroviário e hidroviário. Porém, para desenvolver seu potencial a pleno, o diretor-presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), Wilen Manteli, defende uma maior independência para a Superintendência do Porto do Rio Grande (Suprg).
Manteli afirma que as questões portuárias estão muito concentradas em Brasília, por órgãos como a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e Secretaria de Portos. Outra crítica feita pelo dirigente é que os recursos oriundos da administração do porto do Rio Grande são destinados ao caixa único do governo do Estado, tirando ainda mais a autonomia da Superintendência para que a pasta realize os investimentos necessários.
Conforme o diretor-presidente da ABTP, uma ação que seria essencial para Rio Grande é o aprofundamento do calado portuário. Manteli reforça que os armadores internacionais estão construindo cada vez mais navios de maior porte, para ter escala. "Isso significa o seguinte: que eles não vão atracar em qualquer porto", alerta. Outra proposta levantada pelo dirigente é o melhor aproveitamento das hidrovias para chegar ao complexo. Manteli sustenta a criação de uma política industrial que incentive a instalação de empresas nas orlas de rios e lagoas, para aprimorar o desenvolvimento dessa alternativa.
O dirigente acrescenta que é lamentável que a hidrovia Brasil-Uruguai, com o aproveitamento da Lagoa Mirim, ainda não tenha sido consolidada. No entanto, o presidente da ABTP acredita que se trate de um projeto viável e que contribuiria para que mais cargas passassem por Rio Grande e por outros portos do Interior do Estado, como Pelotas e Estrela.

Falta de locais para atracar atrapalha navegação interior

 POLO NAVAL DE RIO GRANDE    NA FOTO: TECON, RIO GRANDE

POLO NAVAL DE RIO GRANDE NA FOTO: TECON, RIO GRANDE


ANTONIO PAZ/JC
A navegação interior é tida como uma excelente opção para alcançar o principal porto gaúcho. No entanto, alguns pontos precisam ser aprimorados para que essa atividade seja mais desenvolvida. O gerente comercial de granéis secos da Navegação Guarita, Manoel Joaquim, enfatiza que o maior problema em Rio Grande, atualmente, é não ter mais lugar para a atracação. Assim, quando um navio já está atracado no cais, resta à embarcação que chegou depois ficar fundeada (ancorada ao largo), com os geradores ligados, gastando combustível.
Para Joaquim, a melhor alternativa para resolver essa situação seria o aproveitamento de áreas em São José do Norte, município vizinho a Rio Grande e localizado do outro lado da Lagoa dos Patos. O gerente comercial de granéis secos da Navegação Guarita detalha que as operações de descargas em Rio Grande, de mercadorias que chegam pela hidrovia, são agendadas. Mas, mesmo assim, acabam ocorrendo filas das embarcações nos terminais graneleiros.
No entanto, Joaquim comenta que a situação já foi pior, sendo que, há cerca de dois anos, os navios podiam levar de cinco a seis dias para fazer o descarregamento. Atualmente, uma embarcação, transportando aproximadamente 4 mil toneladas, leva em torno de 40 horas nessa função. O gerente argumenta que investimento em manutenção e aquisição de equipamentos é a fórmula para aprimorar esse serviço.
De acordo com Joaquim, a instalação de um terminal de barcaças no Tecon, para receber contêineres, seria muito positivo para a navegação interior. No entanto, para o complexo ser aproveitado, é preciso consolidar uma estrutura semelhante dentro do Estado, para receber e enviar cargas conteinerizadas.