Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Empresas & Negócios

- Publicada em 16 de Fevereiro de 2016 às 12:08

Hora de pedalar para reverter tendência de queda nas vendas

 FOTOS DE CICLISTAS EM CICLOVIAS E FORA DELAS EM PORTO ALEGRE

FOTOS DE CICLISTAS EM CICLOVIAS E FORA DELAS EM PORTO ALEGRE


JONATHAN HECKLER/JC
O ano deve ser movimentado para os fabricantes de bicicletas. O esforço é para recuperar a queda na produção e nas vendas registrada pela Abraciclo, entidade que representa também os segmentos de motonetas, ciclomotores e motocicletas - o chamado setor de duas rodas. No caso das bicicletas, a retração, em 2015, chegou a cerca de 10%, tanto na produção (de 3,7 milhões para 3,3 milhões de unidades) quanto nas vendas (de 4 milhões para 3,6 milhões unidades).
O ano deve ser movimentado para os fabricantes de bicicletas. O esforço é para recuperar a queda na produção e nas vendas registrada pela Abraciclo, entidade que representa também os segmentos de motonetas, ciclomotores e motocicletas - o chamado setor de duas rodas. No caso das bicicletas, a retração, em 2015, chegou a cerca de 10%, tanto na produção (de 3,7 milhões para 3,3 milhões de unidades) quanto nas vendas (de 4 milhões para 3,6 milhões unidades).
A queda chama a atenção, segundo Eduardo Musa, presidente da Caloi, com a percepção de que o número de ciclistas nas ruas está em alta. Um dos motivos para essa retração do mercado, diz Musa, é a crise econômica, que encolheu o poder de compra do brasileiro.
"Há uma excepcionalidade no momento. Os números do ano passado foram muito afetados pela crise econômica que estamos vivendo. Quem comprava bicicletas para lazer e esporte cortou o gasto. As bicicletas para esporte, por exemplo, têm muitos itens importados, e o preço subiu por causa do dólar", afirma Musa. Atualmente, o valor dos modelos mais vendidos no País varia entre R$ 400,00 e
R$ 4 mil. Mas existem bicicletas que chegam a custar mais de
R$ 40 mil, já que sua estrutura é feita de fibra de carbono, material importado e nobre, utilizado na indústria automobilística e aeronáutica.
Mais do que a conjuntura econômica ruim, acrescenta Musa, há uma mudança na demanda e na oferta de bicicletas, que está levando ao arrefecimento da venda e produção nos últimos anos. O Brasil tinha uma produção focada em modelos de bicicletas básicos, sem muita tecnologia agregada. Com consumidores mais exigentes, as empresas nacionais começaram a se adequar para produzir bicicletas mais modernas - e mais caras. Essa transição, segundo a Abraciclo, contribui para o encolhimento do mercado, que em 2008 vendeu 5,5 milhões de unidades e produziu 5,3 milhões.
"Há menos de uma década, o Brasil produzia principalmente modelos básicos de bicicleta, feitos de aço, procurados mais pela classe C para transporte. Eram modelos sem marchas ou amortecedor. Nos últimos anos, por exigência do consumidor, os modelos ganharam tecnologia, com estruturas mais leves de alumínio, design arrojado, marchas, suspensão e até equipamento eletrônico. Passamos a produzir em menor quantidade, mas com maior tecnologia", conta José Eduardo Gonçalves, diretor executivo da Abraciclo.
Atualmente, de cada 10 bicicletas básicas e pesadas vendidas há 20 anos, a indústria vende apenas uma hoje. Para o economista da consultoria Tendências, João Morais, quando a conjuntura econômica não é favorável, com encolhimento de renda e temor do desemprego, o consumidor tende a postergar a compra de bens de maior valor agregado, caso das bicicletas atualmente.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO