Por falta de projecionista, Cinemateca Capitólio está temporariamente fechada

A Cinemateca Capitólio, em Porto Alegre, está temporariamente fechada para exibição de filmes desde o recesso das festas de final de ano. A data de volta das projeções estava prevista para 5 de janeiro. A programação, no entanto, não voltou, já que o profissional responsável pela projeção dos filmes está em férias e não há um substituto.

Segundo o coordenador de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria da Cultura de Porto Alegre, Marcus Mello, havia um segundo projecionista trabalhando na casa, mas o contrato de trabalho ia somente até o mês de dezembro.

Para resolver o impasse, a coordenação do Capitólio disse que trabalha para retomar a programação o mais rápido possível, mas enfatiza que o hiato durante o mês de janeiro é normal nas salas de cinema da prefeitura devido ao período de férias. A contratação de outro profissional ainda está indefinida.

Para o café do Capitólio, que desde a inauguração da Cinemateca, em março de 2015, permanece fechado, as notícias são mais animadoras. Segundo Mello, a empresa que ganhou a concorrência para operar no local está finalizando o mobiliário necessário e tem previsão para inaugurar até o fim deste mês.

Apesar da falta de projecionista, a coordenação promete que a mostra prevista para o final de semana dos dias 16 e 17 deste mês será mantida. Além disso, o local permanece aberto para visitação. 

As queixas do público que frequenta o cinema são recorrentes a respeito da equipe enxuta que trabalha no local. Nos dias de grande movimento, contam, é visível a falta de profissionais que cuidem da organização e da limpeza, por exemplo. Em publicação de final de ano postada na página da Cinemateca no Facebook, a equipe destacou desafios a se enfrentar em 2016, como a ampliação do número de profissionais e a aquisição de um projetor DCP, e reforçou, apesar das dificuldades, a importância do Capitólio para a preservação da memória do cinema gaúcho.

Inaugurado em 1928, o Capitólio esteve fechado por mais de 20 anos antes de ser reaberto em 2015. O local, que reacende a cultura dos tradicionais cinemas de rua, é voltado também para acervo histórico de filmes e itens relacionados à sétima arte.