Um mês depois da interdição de sua banca de jornais, Manuel Fernandes, um idoso de 80 anos, comemora a reabertura de seu estabelecimento no bairro Passo d'Areia. Em 2015, o trabalhador foi obrigado a sair do ponto de vendas que ocupou por 26 anos, na avenida Assis Brasil, para que as obras do consulado dos Estados Unidos em Porto Alegre fossem iniciadas, na zona Norte da Capital.
Pouco tempo depois, já fixado no outro endereço determinado pela Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic), a banca foi lacrada por fiscais no dia 22 de dezembro. A situação foi provocada por um erro de origem no documento expedido pelo órgão público que autorizava o funcionamento da banca na rua Bezerra de Menezes, em um ponto irregular, onde já havia um outro ambulante em atividade.
O
Jornal do Comércio denunciou o problema
na edição do dia 11 de janeiro. Na ocasião, Manuel Fernandes trabalhava de maneira improvisada. Em frente à barraca interditada, ele continuava a comercializar jornais para saldar dívidas e manter uma renda familiar mínima.
Na sexta-feira, dia 22 de janeiro, exatamente 31 dias após a interdição, Fernandes ganhou novo paradeiro. Ele foi transferido para uma área fixa embaixo do viaduto Obirici. Agora, a banca está estabelecida na rota dos pedestres que utilizam as faixas de segurança para atravessar a avenida Assis Brasil. Este fato, segundo o proprietário, tende a aumentar o fluxo de pessoas e, por consequência, as vendas no novo ponto.