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Agronegócios

- Publicada em 25 de Janeiro de 2016 às 22:24

Alta acelerada do preço do milho pressiona custos de frangos e suínos

A recente alta acelerada do preço do milho, registrada desde o fim do ano passado e associada às exportações recordes do grão (maior volume desde 2002), deve causar indigestão a mesa dos consumidores. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) projeta que o repasse dos custos maiores deve elevar entre 10% e 15% o valor do quilo do frango no supermercado. O setor deve se beneficiar da migração, verificada desde 2015, da carne vermelha, que subiu mais de 15% em 2015, para a de ave. Já o segmento de suínos acredita que será difícil compensar o aumento do principal insumo da ração dos animais com reajuste de preços, seja na indústria ou no varejo.
A recente alta acelerada do preço do milho, registrada desde o fim do ano passado e associada às exportações recordes do grão (maior volume desde 2002), deve causar indigestão a mesa dos consumidores. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) projeta que o repasse dos custos maiores deve elevar entre 10% e 15% o valor do quilo do frango no supermercado. O setor deve se beneficiar da migração, verificada desde 2015, da carne vermelha, que subiu mais de 15% em 2015, para a de ave. Já o segmento de suínos acredita que será difícil compensar o aumento do principal insumo da ração dos animais com reajuste de preços, seja na indústria ou no varejo.
O presidente da ABPA, Francisco Turra, justifica que o aumento servirá para compensar a alta da ração. Segundo o presidente da ABPA, as correções chegam a 40% nas praças do Estado, Paraná, Espírito Santo e São Paulo. "Ou repassa o custo, ou reduz produção. Não há como segurar", adverte Turra sobre novos preços ao consumidor. Em 2015, o consumo per capita alcançou 43 quilos por habitante, acima do de carne bovina (32 quilos) e suína (15,5 quilos). O dirigente da indústria de frangos e suínos cita que o leilão público anunciado será insuficiente para amenizar a necessidade do grão.
A solução não deve vir antes de março, quando entra a safra 2015/2016 e muitos silos precisam abrir espaço para soja. O que gera mais problema neste ano é safra menor no Paraná. "O negócio é torcer para que a segunda safra seja muito boa", lembrou Turra. "O trade e detentores de estoque privados estão aproveitando este período para especular", lamentou o dirigente da ABPA. Ele observou que no Sudeste já estaria ocorrendo redução de alojamento de frangos devido ao custo mais alto da produção. Companhias como a BRF (marcas Sadia e Perdigão) buscam importação de milho do Paraguai.
A demanda pela proteína suína está mais em baixa, e a esperança passa a ser o maior volume de encomendas do Exterior, que compensaria as elevações de custos. "Esperamos que novos mercado que o governo está abrindo na Ásia comecem a operar", disse o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Luis Folador. A saca de 60 quilos do grão, que compõe 65% da dieta das criações, foi cotada ontem a R$ 42,84 (indicador Esalq). O aumento da cotação ultrapassa 50% frente a janeiro do ano passado. O dirigente da Acsurs alega o descompasso com os preços - entre R$ 2,60 e R$ 2,70 pago ao produtor (era de R$ 3,80 em dezembro, período de maior procura dos cortes). "O problema é que estamos pagando R$ 3,40 para fazer um quilo de suíno", contrastou a liderança.
Folador citou que a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) tem feito gestão no Ministério da Agricultura para aumentar a disponibilidade de milho na venda a balcão para produtores. Segundo o dirigente gaúcho, o limite de 6 mil quilos não seria suficiente. O setor quer liberação de 20 a 25 toneladas, de acordo com a necessidade dos produtores. O preço da Conab já chegou a R$ 36,00 a saca, lembrou Folador, que não espera volumes elevados do grão para leilão. O Mapa publicou ontem, no Diário Oficial da União, resolução que autoriza a venda de até 500 mil toneladas dos estoques públicos.
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Governo minimiza risco de desabastecimento

 Pregão eletrônico para 150 mil toneladas está previsto para fevereiro

Pregão eletrônico para 150 mil toneladas está previsto para fevereiro


EMATER/DIVULGAÇÃO/JC
A Conab divulgou o primeiro leilão de 150 mil toneladas por meio de pregão eletrônico previsto para 1 de fevereiro. O produto é destinado a criadores de aves, suínos e bovinos, além de cooperativas e indústrias de insumo para ração animal e indústrias de alimentação humana.
O ministro interino da Agricultura, André Nassar, disse que as 350 mil toneladas restantes serão ofertadas na entressafra. Nassar tem minimizado riscos de desabastecimento alegando que os estoques privados superam 10 milhões de toneladas. As reservas públicas estariam em quase 1,5 milhão de toneladas.
Os embarques do País em 2015 foram os maiores desde 2002, segundo a Fundação de Economia e Estatística (FEE). Foram quase 29 milhões de toneladas. A receita ficou em US$ 5 bilhões, que só não foi menor que os US$ 5,4 bilhões de 2012 e os R$ 6,3 bilhões de 2013. O fluxo acabou gerando desequilíbrios na oferta interna, que espera a colheita total da primeira safra e ainda demorará a ter os grãos da segunda. No Estado, a produção não atende à demanda interna e há redução da área de cultivo (-9,73%), segundo a Emater-RS em agosto, com 779,6 mil hectares.