Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 18 de Janeiro de 2016 às 17:22

Médicos do INSS voltam ao trabalho no dia 25, mas mantêm 'estado de greve'

Agência Estado
Os médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) decidiram, em assembleia no domingo, 17, retornar ao trabalho, no dia 25, próxima segunda-feira, depois de quase 140 dias de paralisação.
Os médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) decidiram, em assembleia no domingo, 17, retornar ao trabalho, no dia 25, próxima segunda-feira, depois de quase 140 dias de paralisação.
Segundo a Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social (ANMP), os peritos vão priorizar o chamado atendimento essencial, ou seja, quelas pessoas que nunca passaram por perícia para ter direito a um dos benefícios (auxílio-doença ou aposentadoria especial por invalidez). Também é preciso de perícia para voltar ao trabalho depois da licença.
No estado de greve, os profissionais voltam ao trabalho, mas continuam negociando com o governo. "Novas paralisações no futuro não estão descartadas", diz Luiz Argôlo, diretor da ANMP. Até a próxima segunda, apenas 30% dos médicos continuarão trabalhando. Na próxima segunda, todos voltarão a bater ponto, mas em "estado de greve". "Esperamos que com esse distensionamento o governo volte a dialogar com a categoria", afirma Argolo.
A entidade calcula que, no período da greve, 2,1 milhões de perícias deixaram de ser feitas. O tempo médio de espera para o agendamento saltou de 20 dias para 80 dias.
Os médicos peritos pedem aumento salarial de 27,5% em, no máximo, duas parcelas anuais, redução da carga horária de 40 horas para 30 horas semanais, a recomposição do quadro de servidores e o fim da terceirização da perícia médica.
Na semana passada, o governo informou, por meio de nota, que apresentou, em ofício enviado à ANMP no dia 8 de dezembro, proposta que contempla a maioria dos pontos exigidos na mesa de negociação. A exigência dos médicos de redução da jornada de trabalho de 40 para 30 horas semanais sem perda de remuneração, no entanto, é um ponto de discordância.
De acordo com o Ministério do Planejamento, foi oferecido aos peritos médicos reajuste de 10,8%, a ser pago em duas vezes, e reajuste dos benefícios sociais - as mesmas condições das demais categorias do funcionalismo.
A ANMP afirma que a União gasta R$ 125 bilhões com benefícios, sendo a metade paga sem perícia médica. A entidade diz que, em 5 anos, quase 3 mil peritos abandonaram a carreira. A taxa de evasão é de 2 peritos por dia útil, "algo inédito no serviço público federal".
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO