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JC Logística

- Publicada em 27 de Janeiro de 2016 às 22:08

Avibrás planeja faturar R$ 1,3 bi com exportações

 Formosa (GO) - Lançamento de foguetes terra-terra, fabricados pela Avibrás, no Campo de Instrução de Formosa  Foto Antonio Cruz ABr    foto de 27012011

Formosa (GO) - Lançamento de foguetes terra-terra, fabricados pela Avibrás, no Campo de Instrução de Formosa Foto Antonio Cruz ABr foto de 27012011


ANTONIO CRUZ/ABR/JC
A Avibrás, indústria aeroespacial de São José dos Campos (SP), surpreendeu o mercado, há duas semanas, com o anúncio dos resultados financeiros de 2015. No ano passado, a receita bruta da empresa chegou a R$ 1,1 bilhão valor que é cerca de oito vezes maior que o gerado em 2012 e muito distante dos limites da crise iniciada há pouco mais de sete anos e da qual o grupo, dedicado à produção de sistemas de defesa, só começou a sair consistentemente em 2014, quando a receita atingiu R$ 629,9 milhões.
A Avibrás, indústria aeroespacial de São José dos Campos (SP), surpreendeu o mercado, há duas semanas, com o anúncio dos resultados financeiros de 2015. No ano passado, a receita bruta da empresa chegou a R$ 1,1 bilhão valor que é cerca de oito vezes maior que o gerado em 2012 e muito distante dos limites da crise iniciada há pouco mais de sete anos e da qual o grupo, dedicado à produção de sistemas de defesa, só começou a sair consistentemente em 2014, quando a receita atingiu R$ 629,9 milhões.
"Em 2016, vamos continuar atuando fortemente nas transações externas", diz o superintendente João Brasil de Carvalho Leite. A meta, segundo ele, é superar o patamar de R$ 1,3 bilhão em faturamento. "Nada mau depois de um longo ciclo negativo", diz o presidente Sami Hassuani. A empresa ficou em recuperação judicial entre 2008 e 2010, demitiu centenas de funcionários, foi obrigada a vender boa parte dos ativos imobiliários e chegou muito perto da insolvência. Os credores foram pagos sem deságio e receberam correção monetária. Neste ano, a Avibrás planeja contratar mais 300 pessoas para reforçar o quadro de 1.695 funcionários.
Quase toda a receita da empresa vem de operações no mercado externo. Em 2015, a participação das Forças Armadas brasileiras no volume total do faturamento ficou em R$ 100 milhões. Em 2016, por causa da crise econômica e das restrições orçamentárias, não deve passar de
R$ 80 milhões. Todavia, a principal aposta e programa prioritário da Avibrás é do Exército, com uma variante específica para o Corpo de Fuzileiros Navais. Trata-se da geração 2020 do sistema Astros a sexta desde o início da série, há 30 anos.
Muito moderna, contempla, pela primeira vez no País, o emprego de um míssil de cruzeiro, o AV-TM, com alcance de 300 quilômetros, e aumenta a capacidade dos foguetes AV-SS-40, com raio de ação na faixa de 40 quilômetros, por meio de sensores de guiagem primária. Mais que isso, o conjunto Astros 2020 vai incorporar uma nova munição, capaz de atingir alvos a 150 quilômetros, também dirigida eletronicamente. Há boas possibilidades para o produto no mercado internacional. "Nossa forte atuação no exterior gerou uma carteira de pedidos da ordem de R$ 4 bilhões e perspectivas reais de crescimento da ordem de mais R$ 8 bilhões nos próximos anos", diz Hassuani.
Em janeiro de 2008, o engenheiro e fundador da empresa, João Verdi, desenhava os planos que fariam do lançador de foguetes Astros II (o principal produto da empresa) um elemento de defesa do estreito de Málaca, por onde transitam 70% do petróleo do mundo. O negócio superava os R$ 500 milhões, um dinheiro fundamental no ambiente pesado que se abatia sobre a indústria de equipamentos militares. Verdi e a mulher, Sonia Brasil, no entanto, morreram em um acidente aéreo em 28 de janeiro de 2008, quando voltavam de Angra dos Reis. Os restos do helicóptero que ele pilotava só foram localizados um ano e meio depois. A Avibrás nunca conseguiu superar a cifra de US$ 1 bilhão em vendas internacionais registrada há 30 anos, sob o comando de Verdi.
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