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Internacional

- Publicada em 20 de Janeiro de 2016 às 15:17

Maduro pede apoio para aprovar pacote

 INT - Nicolás Maduro, presidente da Venezuela.    Handout photo released by the Venezuelan Presidency of Venezuelan President Nicolas Maduro speaking in Caracas on January 19, 2016. Venezuelan government officials will explain Thursday the scope of an economic emergency decree to the opposition-controlled parliament as they seek its approval. AFP  PHOTO/PRESIDENCIA

INT - Nicolás Maduro, presidente da Venezuela. Handout photo released by the Venezuelan Presidency of Venezuelan President Nicolas Maduro speaking in Caracas on January 19, 2016. Venezuelan government officials will explain Thursday the scope of an economic emergency decree to the opposition-controlled parliament as they seek its approval. AFP PHOTO/PRESIDENCIA


PRESIDENCIA/AFP/JC
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu à oposição e ao setor privado que apoiem um controverso pacote de medidas do governo para reverter a profunda recessão e o desabastecimento no país. O apelo, feito na noite de terça-feira, foi lançado no mesmo dia em que a Assembleia Nacional unicameral, agora sob domínio de opositores, começou a analisar um decreto de emergência econômica com o qual Maduro pretende atribuir-se poderes especiais para enfrentar a crise.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu à oposição e ao setor privado que apoiem um controverso pacote de medidas do governo para reverter a profunda recessão e o desabastecimento no país. O apelo, feito na noite de terça-feira, foi lançado no mesmo dia em que a Assembleia Nacional unicameral, agora sob domínio de opositores, começou a analisar um decreto de emergência econômica com o qual Maduro pretende atribuir-se poderes especiais para enfrentar a crise.
"Espero que o decreto seja aprovado por unanimidade e que a Assembleia me ajude a navegar por essa tormenta", disse Maduro, durante o evento de inauguração do Conselho Nacional de Economia Produtiva, formado por empresários, políticos, economistas e movimentos sociais. A Assembleia Nacional tem até amanhã para aprovar ou vetar o decreto.
O texto, que também precisa do aval da Corte Suprema (alinhada com o chavismo), pretende instaurar um regime especial de poderes para o presidente por 60 dias. As prerrogativas solicitadas incluem o controle de orçamentos sem supervisão da Assembleia, a possibilidade de intervir em empresas e bens privados e restrições na retirada de dinheiro. Maduro também pediu ajuda aos empresários, a quem disse estar "estendendo a mão para o diálogo."
"Nada une mais o ser humano que o trabalho conjunto", afirmou o presidente. Ele disse que os esforços entre o setor público e o privado estarão concentrados no Conselho Nacional de Economia Produtiva. Embora dominado por aliados do chavismo, o órgão também é integrado por políticos opositores, como o governador do estado de Lara, Henri Falcón, e por grandes empresários.
Maduro afirmou que o objetivo das mudanças propostas é "substituir o modelo rentista pelo modelo produtivo". Ele se referia à histórica dependência do petróleo por parte da Venezuela. Atualmente, de cada US$ 100,00 arrecadados pelo país, US$ 96,00 vêm da exportação petroleira. Em 1999, primeiro dos 17 anos de governo chavista, eram US$ 80,00.
As finanças públicas venezuelanas já combalidas por altos gastos, ineficiência crônica e corrupção entraram em situação crítica com a queda de quase 70% no preço do barril de petróleo desde junho de 2014. Além do desabastecimento, causado em grande parte pelos ataques do governo contra o setor produtivo, os venezuelanos sofrem com queda de 4,5% do PIB e inflação de 109% na taxa oficial.
 
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