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Opinião

- Publicada em 01 de Dezembro de 2015 às 16:35

O virtual controlando e sonegando

A modernização dos computadores e, principalmente, a internet entrando para valer em todos os processos de escrituração contábil e financeira deixam a falsa impressão de que a cada dia fica mais difícil fugir das mãos do Estado. Sonegar parece uma tarefa impossível, já que todas as informações circulam "on-line" e os fiscos federal e estadual conseguem saber quando e como houve movimentação financeira ou contábil nas empresas. A medida que os empresários ficam cientes desta teia de controle das suas atividades, aparecem na imprensa operações realizadas por Ministérios Públicos e polícias especializadas onde movimentações financeiras só foram verificadas depois de publicizados os escândalos.
A modernização dos computadores e, principalmente, a internet entrando para valer em todos os processos de escrituração contábil e financeira deixam a falsa impressão de que a cada dia fica mais difícil fugir das mãos do Estado. Sonegar parece uma tarefa impossível, já que todas as informações circulam "on-line" e os fiscos federal e estadual conseguem saber quando e como houve movimentação financeira ou contábil nas empresas. A medida que os empresários ficam cientes desta teia de controle das suas atividades, aparecem na imprensa operações realizadas por Ministérios Públicos e polícias especializadas onde movimentações financeiras só foram verificadas depois de publicizados os escândalos.
Na Operação Lava Jato, não são raras as movimentações financeiras, concessões de empréstimos a empresas que não estão em atividades e movimentações de milhões entre empresas e pessoas físicas que não são detectadas pelos órgãos oficiais. No Rio Grande do Sul, a Operação Dariba II apresentou um grande número de empresas de fachada, que emitiam notas fiscais frias para gerar crédito de imposto, sem qualquer comercialização de mercadoria. As irregularidades começavam no registro das empresas por meio eletrônico, indicando sócios laranjas e utilizando registro de contabilista já falecido. Já iniciou a irregularidade quando do pedido de inscrição, movimentaram milhões sem ter até mesmo endereço físico, indicando como local da atividade terrenos baldios. Hoje deixam um passivo irrecuperável. Conseguirá o Estado cobrar dívidas de quem não existe?
Os fiscos precisam estar cada vez mais equipados para acompanhar registros virtuais, mas não podem abandonar o controle físico e ostensivo das empresas sob pena de todo o esforço do controle virtual evidenciar verdadeiros corredores de sonegação, liberados para enriquecer sonegadores.
Vice-presidente do Afocefe Sindicato
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