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- Publicada em 30 de Dezembro de 2015 às 12:39

Dados sociais surpreenderam positivamente em 2014, diz Ipea

O índice de Gini, que mede a desigualdade social, caiu no período

O índice de Gini, que mede a desigualdade social, caiu no período


ARQUIVO ABR/DIVULGAÇÃO/JC
Em análise da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2014 divulgada nesta quarta-feira (30), o Ipea afirma que a evolução dos dados sociais surpreendeu positivamente no ano passado, quando a economia ficou praticamente estagnada, mas que números como os do mercado de trabalho já antecipavam o "cenário crítico" de 2015. Segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), no ano passado houve uma redução da pobreza extrema no país em todas as medições feitas, processo que foi acompanhado pela redução da desigualdade.
Em análise da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2014 divulgada nesta quarta-feira (30), o Ipea afirma que a evolução dos dados sociais surpreendeu positivamente no ano passado, quando a economia ficou praticamente estagnada, mas que números como os do mercado de trabalho já antecipavam o "cenário crítico" de 2015. Segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), no ano passado houve uma redução da pobreza extrema no país em todas as medições feitas, processo que foi acompanhado pela redução da desigualdade.
A parcela da população com renda mensal per capita de até R$ 77,00, limite adotado no programa Brasil Sem Miséria do governo para medir a extrema pobreza, ficou em 2,48%, ante 3,53% ano ano anterior e 3,21% em 2012. O índice de Gini, que mede a desigualdade, caiu de 0,525 para 0,515 no mesmo período (quanto menor o número, menor a desigualdade).
Em 2014, o Ipea gerou polêmica ao represar a divulgação da avaliação dos dados do ano anterior que mostraram uma interrupção do processo de redução da miséria no país. Segundo o órgão, a queda foi "estatisticamente insignificante".
"A Pnad 2013 levantou muitas dúvidas e nós precisávamos esperar um segundo ano para ver o que estava acontecendo na sociedade brasileira", afirmou André Calixtre, diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea. Segundo ele, os dados levantados pelo IBGE no ano passado mostram que a rede de proteção social montada nos últimos anos deu resiliência à sociedade para enfrentar um cenário conjuntural adverso.
"A força dessa musculatura ainda está para ser avaliada, evidentemente não é uma força ilimitada", acrescentou, ressaltando que a evolução dos indicadores em 2015 só ficará mais clara no ano que vem.
Para o Ipea, os dados do emprego são um dos que mais suscitam preocupação. Os dados da Pnad mostraram um aumento do desemprego (de 6,5% para 6,9%) e da informalidade (de 39,66% para 39,93%) no mercado de trabalho no ano passado. O crescimento do rendimento médio ficou abaixo de 1% (já descontada a inflação) pela primeira vez desde pelo menos 2005, início da série avaliada.
"Isso mostra sinais de estresse no mercado de trabalho anteriores à crise que se iniciaria ao final de 2014 e por todo o ano corrente", afirmou o Ipea no relatório. A Pnad também apontou que, ano passado, houve um aumento no número absoluto de crianças entre 5 e 14 anos trabalhando -de 839,6 mil em 2013 para 897 mil- após uma década de redução.
Para o Ipea, é preciso ainda aguardar para ver se o aumento foi uma flutuação pontual. O instituto também ponderou que, no campo, o aumento foi acompanhado por uma redução das jornadas do trabalho infantil (de 15,5 horas para 14,4 horas).
Folhapress
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