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cultura

- Publicada em 17 de Dezembro de 2015 às 19:01

À espera de mais recursos

Verba representa 1% do orçamento da Capital, diz Roque Jacoby

Verba representa 1% do orçamento da Capital, diz Roque Jacoby


ANTONIO PAZ/JC
Ricardo Gruner e Michele Rolim
Ricardo Gruner e Michele Rolim
O secretário municipal de Cultura, Roque Jacoby (DEM), chega ao último ano da atual administração de Porto Alegre. Nesta entrevista, ele avalia a gestão na área cultural e fala dos projetos para 2016:
Jornal do Comércio - Vamos para o último ano da administração. Como tem sido a trajetória da verba da cultura em relação ao orçamento total do município?
Roque Jacoby - Esperamos que ele aumente, mas dificilmente isso vai ocorrer. Temos uma série de compromissos assumidos com o valor do orçamento destinado à prefeitura de Porto Alegre. Ele representa 1% do valor do orçamento total do município - esperamos que seja mantido.
JC- A Usina do Gasômetro enfrenta sérios problemas estruturais. Há algum projeto de revitalização da usina?
Jacoby - Com a restauração e requalificação do Cais Mauá, conseguimos inserir no projeto da orla um recurso substancial para a revitalização da Usina do Gasômetro. O projeto já está contratado e vai ser entregue em março para que seja feita a licitação. Teremos uma usina totalmente modernizada. O teatro Elis Regina está incluído nessa restauração. As obras começam em 2016 e esperamos que estejam concluídas em 2017.
JC - Como está a situação do projeto da Terreira da Tribo (que prevê a construção da sede do grupo Ói Nóis no bairro Cidade Baixa)?
Jacoby - Quando assumimos, estava paralisado. O projeto foi mal feito - a empresa que ganhou a licitação constatou que não haveria como realizá-la. Hoje, este projeto está com a Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov), foi totalmente refeito, e espero que a Smov nos entregue o mais rápido possível.
JC - O Teatro de Câmara Túlio Piva deve reabrir quando? Já começaram as obras?
Jacoby - No início da gestão, vimos que o ideal seria demolir o teatro e construir um novo. No entanto, houve uma reação da sociedade e da comunidade cultural, que entendiam que essa ação seria nefasta por conta da demora. Aceitamos isso e buscamos orientação junto à Smov. A secretaria sugeriu, em razão das fissuras existentes no prédio, que suspendêssemos todas as atividades por questões de segurança. O projeto acabou sendo refeito e está na Smov. Dentro das condições que a secretaria dispõe, tudo está andando.
JC - E o Centro Caixa Cultural, na Rua dos Andradas?
Jacoby - Espera-se que, no segundo semestre de 2016, o espaço seja entregue. Isso vai permitir levar toda Secretaria da Cultura para lá. Além disso, a sociedade vai ganhar um outro equipamento cultural com programação garantida pela própria Caixa.
JC - Como está a questão dos servidores e da mão de obra para a secretaria e seus equipamentos culturais?
Jacoby - A manutenção de equipamentos absorve os recursos disponíveis da secretaria. Os últimos concursos para selecionar servidores ocorreram há 20 anos - agora, muitos funcionários estão se aposentando. Temos buscado apoio de servidores de outras secretarias para contribuir nas atividades.
JC - Por quais iniciativas o senhor espera ser lembrado? E o que ficou faltando?
Jacoby - Queremos implantar um modelo de Lei de Incentivo à Cultura em Porto Alegre utilizando o IPTU e o ISSQN. Também temos uma ideia de tornar o Parque da Harmonia um parque temático, com atividades o ano todo. Mas a grande vitória é o Auditório Araújo Vianna, que foi reinaugurado no fim de 2012 e tem uma programação muito rica e diversa.

Margs com agenda repleta

Clara Pechansky terá mostra em comemoração aos 80 anos

Clara Pechansky terá mostra em comemoração aos 80 anos


ANTONIO PAZ/JC
O Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs) já tem boa parte da sua agenda para 2016 finalizada. Conforme o diretor Paulo Amaral, embora abra ainda em dezembro (mais precisamente neste sábado, dia 19), uma das principais exposições de 2016 é Soixante-Dix, do brasileiro Juarez Machado. A mostra, que percorreu diversas cidades, encerra sua turnê na Capital e poderá ser visitada até fevereiro.
São 41 peças, entre óleos, desenhos, esculturas e nove trajes que estarão no Espaço Pinacoteca. Soixante-Dix, que, em francês, significa 70, faz referência à idade que Machado completou em 2011. Obras pintadas quase totalmente em preto e branco trazem apenas o artista e aniversariante se autorretratando em cor e se destacando no escuro.
Duas conhecidas artistas ganham retrospectivas comemorativas aos seus 80 anos: Clara Pechansky e Zorávia Bettiol. Também estão programadas mostras de desenhos, de Alexandre Garcia, e de fotografias de Eurico Salis e Fifi Tong.
Da área internacional, destaque para mostra do artista alemão Marcel Odenbach, uma parceria do Margs com o Goethe Institut. Pioneiro da arte em vídeo, desde os anos 1970 o artista se utiliza da imagem eletrônica para construir uma obra comprometida com questões políticas e sociais. Seus vídeos e instalações já foram mostrados no MoMA, de Nova Iorque, e nas Documentas 6 e 8 de Kassel.

Mármore na Fundação Iberê

Sergio Camargo é tema de exposição no museu

Sergio Camargo é tema de exposição no museu


ITAÚ CULTURAL/DIVULGAÇÃO/JC
Em 2016, a Fundação Iberê Camargo recebe a exposição itinerante Sergio Camargo - luz e matéria, com curadoria de Paulo Sérgio Duarte e Cauê Alves. A mostra iniciou no Itaú Cultural, em São Paulo, onde permanece até 9 de fevereiro de 2016.
A exposição traça um panorama da obra do escultor carioca e reúne um conjunto de mais de 100 obras nas quais convivem a exatidão geométrica e a imprevisibilidade. Depois de realizar esculturas figurativas, o artista criou, na década de 1960, os primeiros trabalhos da série de relevos, utilizando principalmente cilindros de madeira. Dez anos depois, sua produção consolidou-se com as obras em mármore, material com o qual desenvolveu a maior parte de suas peças.
Sergio Camargo (1930-1990) nasceu no Rio de Janeiro e completou a maioridade em solo europeu. Em Paris, teve contato com diversos artistas, mas foi a visita constante ao ateliê do romeno Constantin Brancusi (1876-1957) que lhe proporcionou uma das experiências mais decisivas para sua produção futura.