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Mercado de Capitais

- Publicada em 22 de Dezembro de 2015 às 20:06

Dólar termina a sessão cotado abaixo de R$ 4,00

Negociação corrigiu parte da valorização de 1,39% da segunda-feira

Negociação corrigiu parte da valorização de 1,39% da segunda-feira


VANDERLEI ALMEIDA/AFP/JC
Depois de ultrapassar os R$ 4,00 na segunda-feira, dia 21, reagindo à nomeação de Nelson Barbosa para o comando do Ministério da Fazenda, ontem foi dia de o dólar passar por uma acomodação, embora o desconforto em relação à nova equipe econômica continue a permear os negócios.
Depois de ultrapassar os
R$ 4,00 na segunda-feira, dia 21, reagindo à nomeação de Nelson Barbosa para o comando do Ministério da Fazenda, ontem foi dia de o dólar passar por uma acomodação, embora o desconforto em relação à nova equipe econômica continue a permear os negócios.
A moeda norte-americana permaneceu em trajetória de queda por toda a sessão, em uma terça-feira tranquila e com oscilações limitadas pela liquidez mais modesta. O dólar à vista no balcão terminou o dia negociado a R$ 3,9914, em baixa de 0,62%, corrigindo parte da valorização de 1,39% de segunda-feira, quando foi aos R$ 4,0163.
No momento em que a cotação esteve na máxima, no início da tarde, a divisa chegou momentaneamente à estabilidade, refletindo a formação da taxa Ptax, mas o movimento não se sustentou. Além do ajuste técnico, a baixa vista ontem é fortalecida pelo comportamento do dólar no exterior, já que a moeda norte-americana perde fôlego em relação às principais divisas commodities.
Apesar do pregão mais calmo, o descontentamento do mercado em relação ao novo ministro da Fazenda persiste. Barbosa, por sua vez, continua tentando convencer os investidores de que seguirá o caminho já trilhado por seu antecessor, Joaquim Levy, e que manterá os esforços para aprovar o ajuste das contas públicas no Congresso.
Barbosa também voltou a negar que existam estudos para a adoção de uma banda para o resultado primário, hipótese já aventada pelo governo e que foi muito mal recebida pelo mercado em outras oportunidades. O ministro aproveitou a ocasião para reiterar o compromisso de alcançar a meta de superávit primário de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016. Ele se comprometeu ainda a adotar outras medidas para compensar a falta de recursos caso a CPMF não seja aprovada pelo Congresso.

Ibovespa registra alta de 0,62%, aos 43.469 pontos

Em um dia de baixo giro financeiro, a Bovespa manteve-se na maior parte da sessão desta terça-feira com o sinal positivo. Por algumas horas, entretanto, o Ibovespa chegou a perder valor. O índice fechou no positivo, subindo 0,62% aos 43.469 pontos. O volume financeiro realizado ficou em R$ 5,05 bilhões, bem menor do que o observado na segunda-feira (R$ 8,23 bilhões), dia de vencimento de opções sobre ações.
Segundo analistas e operadores, o ganho desta terça-feira não significa uma tendência altista para a bolsa ou a chegada de um novo fluxo de investimentos. É basicamente um ajuste nos preços. Somente na sexta-feira passada e ontem, o Ibovespa perdeu 4,55% de seu valor. Em dólares, a Bovespa perde mais de 40% no ano.
Em teleconferência com correspondentes internacionais, Barbosa rejeitou a ideia de que o governo dará incentivos para setores específicos da economia. Ele também falou a respeito da Petrobras. Ele acredita que não será necessário injetar capital na estatal. "Estamos longe disso", garantiu.
Ontem, as ações da Petrobras oscilaram entre os sinais negativo e positivo, acompanhando o comportamento errático do preço do petróleo. A ON da petroleira fechou em alta de 2,77%, a R$ 8,54. A PN encerrou cotada a R$ 6,79 ( 2,26%).
Além da pressão positiva da Petrobras, o Ibovespa subiu sob a contribuição da valorização das ações da Vale. A mineradora, assim como as suas pares internacionais, reagiu positivamente à alta de 2% no preço do minério de ferro no mercado à vista chinês, voltando a superar o patamar de
US$ 40,2 a tonelada seca, de acordo com dados do The Steel Index. A PNA da Vale encerrou o pregão em alta de 3,18%.
As ações de grandes bancos também impulsionaram o Ibovespa, inclusive o estatal Banco do Brasil. A ON do BB, que havia caído 6,52% ontem, fechou em alta de 0,60%.