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Indústria

- Publicada em 17 de Dezembro de 2015 às 22:25

Nestlé inaugura fábrica da Dolce Gusto no Brasil

Marroquín (e) e Bulcke falaram sobre os projetos da companhia

Marroquín (e) e Bulcke falaram sobre os projetos da companhia


NESTLÉ BRASIL/DIVULGAÇÃO/JC
A Nestlé está reforçando sua base de produção no Brasil e o fornecimento para outros mercados a partir de unidades no País. A fábrica brasileira da Nescafé Dolce Gusto, inaugurada nesta quinta-feira na cidade mineira de Montes Claros, a primeira fora da Europa, ampliará a oferta local das cápsulas que viraram moda nos últimos anos e ainda abastecerá o Mercosul. Metade da capacidade de produção de 360 milhões de cápsulas da unidade atenderá a Argentina, o Uruguai, o Paraguai e, aos poucos, os demais países da América do Sul, informaram os principais executivos da companhia no Brasil e na operação global.
A Nestlé está reforçando sua base de produção no Brasil e o fornecimento para outros mercados a partir de unidades no País. A fábrica brasileira da Nescafé Dolce Gusto, inaugurada nesta quinta-feira na cidade mineira de Montes Claros, a primeira fora da Europa, ampliará a oferta local das cápsulas que viraram moda nos últimos anos e ainda abastecerá o Mercosul. Metade da capacidade de produção de 360 milhões de cápsulas da unidade atenderá a Argentina, o Uruguai, o Paraguai e, aos poucos, os demais países da América do Sul, informaram os principais executivos da companhia no Brasil e na operação global.
O País responde hoje pelo quarto maior faturamento dos produtos da marca no mundo, atrás dos Estados Unidos (1º), da França (2º) e da China (3º). A Nestlé teve receita total de US$ 92 bilhões em 2014, último dado consolidado. O mercado local era abastecido com importação das unidades. Na largada, serão quatro sabores de café - buongiorno, espresso, espresso intenso e café au lait (ao leite). A Dolce Gusto tem mais de 20 sabores. A previsão é expandir as opções em 2016, informou o presidente da companhia no Brasil, Juan Carlos Marroquín. A implantação da fábrica envolveu aporte de R$ 220 milhões e gerou quase 100 empregos diretos. O café usado na produção será nacional.
Algumas variedades de grãos para elaborar misturas (blends) dependem de autorização de importação de outros países produtores, como Etiópia, mas há restrição do Ministério da Agricultura (Mapa) devido ao risco de entrada de doenças que não são registradas no Brasil. O CEO global da companhia, Paul Bulcke, disse que a Nestlé respeita as regras sanitárias brasileiras e que está buscando formas seguras desse fluxo. Bulcke afirmou que a empresa, com quase 100 anos de operação no Brasil, mantém a execução de seus planos de investimentos, mesmo com a conjuntura econômica e política adversa.
Na quarta-feira, o Brasil perdeu o selo de bom pagador, retirado pela Fitch, segunda agência de risco a tomar a medida. "Estamos no Brasil nos bons e maus momentos. Agora é um momento um pouquinho ruim, mas nada como tomar um bom café de qualidade", contrastou Bulcke. Ele lembrou que o Nescafé solúvel, inovação da marca levado ao mercado em 1938, foi desenvolvido a pedido do governo brasileiro em 1929, no auge da crise e queima de produção devido à queda de preços. A ideia era conservar o café.
Bulcke citou que a revisão de crescimento das economias no mundo gera maior preocupação. A previsão é de 3,5% em 2016. A companhia busca manter entre 5% e 6% a média de aumento da receita.

Programa promove o equilíbrio de gêneros nas fábricas da empresa


PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
A Nestlé se orgulha de um programa que busca igualdade entre homens e mulheres em suas unidades pelo mundo. No Brasil, são 31 fábricas, com a mais recente da Nescafé Dolce Gusto. Chamado de Gender Balance, o programa prega o equilíbrio de gênero e busca o mesmo efetivo de trabalhadores e trabalhadoras em todas as áreas e o acesso a postos de direção. Em Montes Claros, 44% dos 91 empregados são mulheres, entre elas Natane Vieira e Fernanda Neves. No lançamento da fábrica, Natane, Fernanda e colegas pareciam dominar a cena. "É importante termos espaço", disse Natane. "A empresa abre mais caminhos para as mulheres, e podemos mostrar que somos capazes", anima-se Fernanda, que espera ver em pouco tempo mais mulheres que homens na operação.
 

Produção nacional não deve baratear as unidades das cápsulas de café

O CEO global da Nestlé, Paul Bulcke, diz que, antes de trazer ao Brasil uma base de produção da Nespresso, que é a marca mais sofisticada de cafés de cápsulas, a primeira meta é "encher a fábrica da Dolce Gusto".
As três fábricas da Nespresso estão na Suíça. Ele condicionou qualquer movimento de instalação à disponibilidade de matéria-prima, pois os blends da Nespresso são muito especiais. O presidente da companhia no Brasil, Juan Carlos Marroquín, descartou que a produção nacional da Dolce Gusto possa baratear as unidades para o consumo local. Além da Nescafé Dolce Gusto, Montes Claros, no Norte mineiro, terá ainda uma unidade de café de cápsulas da Três Corações, com aporte de R$ 250 milhões prevista para 2017, e uma operação da alemã RPC, que faz as embalagens usadas para os tipos de cafés. Hoje, os frascos são importados.
Entre outros investimentos previstos para o Brasil, a companhia fará uma unidade em Hortolândia do braço da empresa Galderma, da Nestlé Skin Health, de linhas dermatológicas, com aporte de R$ 200 milhões.