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Agronegócios

- Publicada em 04 de Dezembro de 2015 às 17:22

Produção de trigo no Estado cai 55,56%

Safra do cereal alcançou 1,489 milhão de toneladas neste ano, de acordo com a Emater

Safra do cereal alcançou 1,489 milhão de toneladas neste ano, de acordo com a Emater


VANESSA ALMEIDA DE MORAES/EMATER/DIVULGAÇÃO/JC
No encerramento da safra de trigo no Rio Grande do Sul, as últimas cargas retiradas das lavouras confirmam um péssimo cenário para a triticultura, com as produtividades ficando abaixo das obtidas nas lavouras plantadas mais precocemente. Com a colheita encerrada, os resultados (ou prejuízos) parecem estar consolidados, e o clima foi bastante decisivo para o resultado desta safra.
No encerramento da safra de trigo no Rio Grande do Sul, as últimas cargas retiradas das lavouras confirmam um péssimo cenário para a triticultura, com as produtividades ficando abaixo das obtidas nas lavouras plantadas mais precocemente. Com a colheita encerrada, os resultados (ou prejuízos) parecem estar consolidados, e o clima foi bastante decisivo para o resultado desta safra.
De acordo com o informativo conjuntural da Emater, a situação das lavouras de trigo e os números refletem as péssimas condições enfrentadas pela cultura ao longo de todo seu ciclo. Embora a produtividade média obtida neste ano (1.693 kg/ha) fique 19,48% maior do que a do ano passado (1.417 kg/ha), a produção total cai para 1,489 milhão de toneladas, ficando 55,56% menor do que a do ano passado (3,351 milhões de toneladas).
Esta aparente contradição se explica pela significativa redução na área plantada. Este último levantamento, realizado na segunda quinzena de novembro, indica que o Estado semeou apenas 879,5 mil hectares, contra os 1,180 milhão plantados no ano passado: uma redução de 25,48%.
Durante o ciclo do trigo, ocorreram intensas precipitações, mais concentradas no período do plantio e próximas à colheita, comprometendo a formação inicial das lavouras e a qualidade final do produto. Além das fortes chuvas, houve queda de granizo e ventos fortes em áreas menores, com formação de geada tardia, quando a cultura estava em floração/formação do grão, estádio suscetível ao frio.
Embora o controle de doenças tenha sido eficiente, sendo constatada baixa incidência de doenças na espiga, colmo e folhas, os grãos em fase final de ciclo (maturação) foram infectados por fungos produtores de toxinas, provocando perda de qualidade do grão, com restrições ao consumo humano e animal.
Todavia, mais do que uma redução significativa na oferta do produto, é a péssima qualidade do pouco que foi colhido que deve impedir que os produtores possam mitigar seus prejuízos.

Lavouras de grãos de verão estão apresentando bom desenvolvimento no Rio Grande do Sul

Plantas de soja já germinaram em 75% das áreas agrícolas semeadas

Plantas de soja já germinaram em 75% das áreas agrícolas semeadas


ADRIANE BERTOGLIO RODRIGUES/EMATER/DIVULGAÇÃO/JC
As fortes chuvas ocorridas ainda na primeira quinzena de novembro provocaram o replantio de algumas áreas cultivadas com soja, cuja fase de germinação e desenvolvimento vegetativo atinge 75% da área semeada no Estado. Esse replantio decorre de doenças do solo (dumping-off) e do selamento da linha de plantio (endurecimento da camada superficial do solo), que impedem a emergência das plântulas ou mesmo a germinação das sementes. Todavia, o percentual de áreas nessa situação é considerado baixo pelos técnicos da Emater, não ultrapassando 2% do total da área cultivada.
Nas áreas já emergidas, o desenvolvimento da soja é satisfatório, embora as plantas apresentem coloração verde pálido, provavelmente pela falta de luminosidade. Mas o crescimento está acontecendo em ritmo acelerado, e as áreas implantadas na segunda metade do mês de novembro em diante apresentam emergência mais uniforme. Os sojicultores estão iniciando o controle de ervas daninhas, e até o momento a incidência de pragas e doenças é considerada baixa.
No arroz, a fase ainda é de plantio, emergência e desenvolvimento das lavouras. A estimativa atual é que 89% das áreas já estejam plantadas no Estado. As chuvas dos últimos meses dificultaram os trabalhos iniciais; por outro lado, contribuíram para a manutenção dos volumes dos açudes e barragens, na sua totalidade.
O milho continua com bom desenvolvimento, e o potencial produtivo até o momento é bem superior à média dos últimos anos, embora as chuvas em excesso tenham prejudicado a aplicação de nitrogênio em cobertura. Atualmente, dos 95% de área plantada, 23% estão em enchimento de grãos e 32% em floração.
Nas áreas onde o milho se destina à silagem, segue o corte das bordaduras, a fim de facilitar a entrada das máquinas.