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Infraestrutura

- Publicada em 23 de Dezembro de 2015 às 22:03

Metalúrgicos demitidos de plataforma serão indenizados

Operários que construíram o navio Cidade de Itaguaí para a Bacia de Santos têm R$ 17 milhões atrasados

Operários que construíram o navio Cidade de Itaguaí para a Bacia de Santos têm R$ 17 milhões atrasados


AGÊNCIA PETROBRAS/DIVULGAÇÃO/JC
Um acordo judicial firmado com a intermediação do Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro (MPT-RJ) vai garantir o pagamento parcelado de R$ 17 milhões de verbas rescisórias a cerca de 1.100 operários que trabalhavam na construção de 10 módulos para o navio plataforma FPSO Cidade de Itaguaí. As indenizações trabalhistas são devidas pela Empresa Brasileira de Engenharia (EBE), que tem contratos com a japonesa Modec, em obras para a Petrobras realizadas em um canteiro localizado em Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio.
Um acordo judicial firmado com a intermediação do Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro (MPT-RJ) vai garantir o pagamento parcelado de R$ 17 milhões de verbas rescisórias a cerca de 1.100 operários que trabalhavam na construção de 10 módulos para o navio plataforma FPSO Cidade de Itaguaí. As indenizações trabalhistas são devidas pela Empresa Brasileira de Engenharia (EBE), que tem contratos com a japonesa Modec, em obras para a Petrobras realizadas em um canteiro localizado em Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio.
As demissões ocorreram em março deste ano, diante dos problemas financeiros enfrentados pela empresa e das dificuldades em firmar novos contratos. Pelo acordo entre a empresa e o Sindicato dos Metalúrgicos do Rio na 1ª Vara, o pagamento da dívida total será parcelado em até 21 prestações. As rescisões devidas a cada trabalhador - que variam de R$ 5 mil a R$ 15 mil - serão pagas em parcelas mensais, até 10 de outubro de 2017. A proposta pretende solucionar o impasse vivido pelos trabalhadores desde o final do ano passado, quando a categoria entrou em greve, e a empresa concordou em pagar participação nos lucros e resultado, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e salários que estavam em atraso, após conciliação intermediada pelo MPT. Em janeiro, a EBE concedeu férias coletivas e licença remunerada aos trabalhadores, em decorrência da dificuldade de firmar novos contratos.
Diante da falta de perspectivas de melhoria na situação financeira da empresa, a EBE decidiu dispensar os trabalhadores em março. Desde então, os operários lutam na Justiça para conseguir receber as verbas rescisórias. De acordo com a procuradora regional do trabalho Deborah Felix, que intermediou as negociações, a demissão coletiva foi necessária para garantir que os trabalhadores recebessem parte do dinheiro de forma mais ágil e pudessem buscar outro emprego.
Nos primeiros meses do ano, sem receber salário, mas ainda vinculados à EBE, muitos foram despejados por falta de pagamento de aluguel, não tinham dinheiro para voltar às suas localidades de origem, nem para comprar alimentos.
O acordo firmado na 1ª Vara do Trabalho de Itaguaí prevê que, em caso de atraso de mais de 30 dias no pagamento de alguma das parcelas, a empresa deverá pagar multa de 40% sobre o valor devido. Caso o não pagamento das parcelas se prolongue por mais de 90 dias, o juízo da vara de origem designará audiência para que seja avaliada a possibilidade de pagamento antecipado da dívida.
Contatada pela Agência Brasil, a empresa informou, em nota, que a primeira parcela do acordo foi paga neste mês e que as 20 restantes serão cumpridas de acordo com o cronograma de pagamentos acertado. A EBE também reafirmou o compromisso de recontratar os trabalhadores que atuaram neste contrato caso surja uma nova oportunidade para a montagem de módulos. "A empresa quer aproveitar a experiência profissional dos que estiveram envolvidos no projeto", diz a nota.
Segundo a EBE, quase 2 mil trabalhadores estiveram envolvidos no trabalho de montagem dos módulos. O último dos 10 módulos foi entregue em janeiro, embarcando para a integração no estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis.
O FPSO Cidade de Itaguaí deu início à produção em Iracema Norte, no Campo de Lula, na Bacia de Santos, em julho passado, explorando o poço 7-LL-36A-RJS, primeiro a ser interligado à plataforma. O navio-plataforma tem capacidade de processamento diário de 150 mil barris de petróleo e 8 milhões de m3 de gás, além de armazenar 1,6 milhão de barris de petróleo.

Petrobras antecipa início da produção de nova plataforma no pré-sal da Bacia de Santos

 Navio-plataforma Cidade de Itaguaí começou a operação em área do pré-sal da Bacia de Santos  Foto Agência Petrobras

Navio-plataforma Cidade de Itaguaí começou a operação em área do pré-sal da Bacia de Santos Foto Agência Petrobras


AGÊNCIA PETROBRAS/DIVULGAÇÃO/JC
A Petrobras conseguiu acelerar os trabalhos e vai antecipar em três meses a entrada em produção do navio-plataforma (FPSO) Cidade de Maricá no pré-sal na Bacia de Santos. A companhia informou nesta semana que a unidade já está sendo ancorada no campo de Lula na (área de Lula Alto). O Cidade de Maricá deverá entrar em produção no primeiro trimestre de 2016, antecipando a previsão anterior que era até fins do primeiro semestre.
O Cidade de Maricá será a quinta plataforma produtora no campo de Lula. A unidade tem capacidade de produzir até 150 mil barris de óleo por dia e comprimir até seis milhões de m3 de gás natural por dia. O Campo de Lula já é o maior produtor nacional de petróleo e de gás natural.
Em outubro passado, Lula produziu, em média, 331 mil barris diários de petróleo conforme dados do Boletim de Produção da Agência Nacional do Petróleo (ANP). A produção total de petróleo nesse mês foi de 2,4 milhões de barris diários, dos quais 809 mil barris diários foram nos campos do pré-sal.
A Petrobras informou, por sua vez, que em novembro, a produção de petróleo e gás natural operada pela estatal na camada pré-sal atingiu a média diária de 1,023 milhão barris de óleo equivalente por dia (boed), um crescimento de 1,8% em relação ao mês de outubro.
O navio-plataforma Cidade de Maricá está instalado a 250 quilômetros do litoral do Rio de Janeiro, em área com profundidade de água aproximada de 2.120 metros, está tendo suas linhas de ancoragem instaladas e, depois segundo a Petrobras, será conectado a 10 poços produtores e sete poços injetores. O gás natural será exportado para a costa por meio de um gasoduto submarino.
A unidade tem, ainda, capacidade de armazenamento de 1,6 milhão de barris de óleo e de injeção de 200 mil barris de água por dia. O Cidade de Maricá estava desde julho deste ano no estaleiro Brasa, em Niterói, para conclusão das operações de içamento e integração final de módulos e de comissionamento.
A área de exploração do campo de Lula está localizada no bloco BM-S-11, que é desenvolvido pelo consórcio na qual a Petrobras é operadora com participação de 65%. As outras parceiras são a BG E&P Brasil Ltda (25%) e Petrogal Brasil SA (10%).
Para o ano que vem estão previstas as entradas em operação de mais duas novas unidades de produção no pré-sal nos campos de Lula Central e Lapa, além do início dos Testes de longa duração (TLD) na área de Libra, o primeiro do País que será explorado pelo regime de partilha recentemente adotado.