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Responsabilidade Social

- Publicada em 21 de Dezembro de 2015 às 15:13

Refeições entram na economia compartilhada


Uma nova forma de movimentar os negócios e fazer o bem para a sociedade tem ganhado cada vez mais força: é a economia colaborativa ou compartilhada, que consiste na troca de experiências, serviços e produtos entre consumidores. O movimento vem apresentando maneiras sustentáveis de realizar negócios, geralmente tendo a internet como aliada para intermediar as negociações. Em 2014, consumidores movimentaram mais de 110 bilhões de dólares na economia compartilhada ao redor do mundo, segundo a revista Forbes.
Uma nova forma de movimentar os negócios e fazer o bem para a sociedade tem ganhado cada vez mais força: é a economia colaborativa ou compartilhada, que consiste na troca de experiências, serviços e produtos entre consumidores. O movimento vem apresentando maneiras sustentáveis de realizar negócios, geralmente tendo a internet como aliada para intermediar as negociações. Em 2014, consumidores movimentaram mais de 110 bilhões de dólares na economia compartilhada ao redor do mundo, segundo a revista Forbes.
O número de empresários que resolvem investir no modelo também aumenta a cada ano. É o caso do paulista Lucas Toledo, de 32 anos. Formado em Relações Internacionais, ele trabalha como gerente em um hostel na Vila Madalena, em São Paulo. Certo dia, ouviu um amigo falar do MealSharing, uma plataforma que permitia oferecer refeições e ganhar um dinheiro extra. "Achei incrível e resolvi participar", conta.
Atualmente, Toledo oferece cinco refeições diferentes por meio do site. Os pratos, que variam entre R$ 2,00 e R$ 12,00, são oferecidos no próprio hostel. Engana-se, porém, quem acredita que o clima de comer com desconhecidos é desconfortável. Ao entrar no local, a experiência é uma surpresa do começo ao fim: seja pelas companhias - que vão de um cantor peruano de jazz a um canadense que quase não fala português - até a comida, que tem a qualidade de um bom restaurante.
"Não é só o fato de comer na casa de um desconhecido. Você também conhece pessoas e conversa, como estamos fazendo", diz Toledo, enquanto prepara os pratos de macarrão com molho de tomate caseiro. "Espero que o compartilhamento de refeições se torne um sucesso."
Também criado com base na economia colaborativa, o aplicativo Crushing Table oferece aos usuários a possibilidade de dividir refeições em restaurantes previamente cadastrados na plataforma. "A ideia veio de uma experiência pessoal. Eu sou carioca e quando me mudei para São Paulo comecei a almoçar sozinha e reparei que as pessoas ficavam constrangidas. Nós estamos habituados a fazer muitas coisas sozinhas, mas o ato de comer sozinho ainda não é aceito", conta Marília Duque, publicitária e fundadora do app.
A ferramenta permite que os usuários criem mesas em restaurantes e aguardem que outros clientes demonstrem interesse no compartilhamento da refeição. Segundo a idealizadora, a dinâmica funciona ao contrário dos aplicativos de relacionamento. "Você não conhece a pessoa e combina de encontrá-la. Primeiro você pensa na refeição, depois conhece as pessoas", explica. Lançado em abril de 2014, o aplicativo está disponível em quatro idiomas (inglês, português, francês e espanhol) e permite que mesas sejam criadas em qualquer parte do mundo, tornando as refeições mais econômicas e menos solitárias.
A empolgação com a prática de comer com estranhos foi justamente o que fez o americano Jay Savsani criar o MealSharing, após uma viagem ao Camboja em 2011. Durante a excursão, Savsani visitou a casa de uma família tradicional do país. Além de comer, ele ficou encantado por conseguir compreender ainda mais a cultura daquele povo durante a refeição. "Quis criar um site que ajudaria a facilitar a espontaneidade e a beleza da noite que eu compartilhei no Camboja", diz Savsani. "Nossa proposta é unir sabores únicos com pessoas amáveis de todo o mundo."
Na plataforma, qualquer um pode oferecer um almoço ou jantar - seja o usuário um chef ou apenas alguém que goste de cozinhar. Da mesma forma, qualquer um pode comer na casa de pessoas de todos os lugares do mundo - inclusive no Camboja. "No começo, tínhamos uma ideia muito específica do tipo de usuário que teríamos: jovens de 20 anos, viajando pelo mundo", diz o criador.
Apesar de os jovens serem parte importante, o perfil mudou. "Também vemos professores universitários e avós se juntando ao MealSharing", diz Savsani. Segundo ele, o serviço hoje conta com mais de 3 mil anfitriões, espalhados em 400 cidades do mundo. No Brasil, a plataforma engatinha, com cerca de 90 anfitriões. O serviço quer incentivar a adesão de novos "cozinheiros" para crescer no Brasil.
O conceito da plataforma de Savsani, porém, fez com que investidores no Brasil criassem uma plataforma nacional. Há cinco meses, o empresário Flávio Estevam criou o Dinneer, site que já atraiu 1,2 mil anfitriões. Na plataforma, há usuários de diversas profissões, como comissária de voo, filósofo e até mesmo atletas. Para Estevam, a economia compartilhada é um caminho sem volta. "Os anfitriões começaram a entender que podem compartilhar um espaço na sua mesa de jantar com um custo baixo e aumentar sua renda."

Aplicativo conecta anfitriões e usuários

 Responsabilidade Social - Reprodução Aplicativo Crushing Table

Responsabilidade Social - Reprodução Aplicativo Crushing Table


APLICATIVO CRUSHING TABLE/REPRODUÇÃO/JC
Também criado com base na economia colaborativa, o aplicativo Crushing Table oferece aos usuários a possibilidade de dividir refeições em restaurantes previamente cadastrados na plataforma. “A ideia veio de uma experiência pessoal. Eu sou carioca e quando me mudei para São Paulo comecei a almoçar sozinha e reparei que as pessoas ficavam constrangidas. Nós estamos habituados a fazer muitas coisas sozinhas, mas o ato de comer sozinho ainda não é aceito”, conta Marília Duque, publicitária e fundadora do app.
A ferramenta permite que os usuários criem mesas em restaurantes e aguardem que outros clientes demonstrem interesse no compartilhamento da refeição. Segundo a idealizadora, a dinâmica funciona ao contrário dos aplicativos de relacionamento. “Você não conhece a pessoa e combina de encontrá-la. Primeiro você pensa na refeição, depois conhece as pessoas”, analisa. Lançado em abril de 2014, o aplicativo está disponível em quatro idiomas (inglês, português, francês e espanhol) e permite que mesas sejam criadas em qualquer parte do mundo, tornando as refeições mais econômicas e menos solitárias.