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Governo Federal

- Publicada em 19 de Novembro de 2015 às 22:29

No Brasil, pobreza tem cor negra, avalia Dilma

Ao discursar para a Marcha das Mulheres Negras, presidente incentivou mais acesso a oportunidades

Ao discursar para a Marcha das Mulheres Negras, presidente incentivou mais acesso a oportunidades


ROBERTO STUCKERT FILHO/PR/JC
Na cerimônia comemorativa ao Dia da Consciência Negra, a presidente Dilma Rousseff (PT) disse que, no Brasil, a pobreza tem a cor negra e que exclusão social se confunde com a exclusão racial, pois são os negros os mais penalizados quanto ao acesso a oportunidades. Ao defender a política de cotas para os negros nas universidades e no serviço público para diminuir o fosso entre brancos e negros causado por séculos de escravidão, Dilma também citou a Lei Maria da Penha e a que criminaliza o feminicídio. E pontuou que as mulheres negras são as mais agredidas.
Na cerimônia comemorativa ao Dia da Consciência Negra, a presidente Dilma Rousseff (PT) disse que, no Brasil, a pobreza tem a cor negra e que exclusão social se confunde com a exclusão racial, pois são os negros os mais penalizados quanto ao acesso a oportunidades. Ao defender a política de cotas para os negros nas universidades e no serviço público para diminuir o fosso entre brancos e negros causado por séculos de escravidão, Dilma também citou a Lei Maria da Penha e a que criminaliza o feminicídio. E pontuou que as mulheres negras são as mais agredidas.
"No Brasil, a pobreza sempre teve uma cor predominante, a cor negra. Enfrentar a exclusão racial que historicamente marcou o nosso País deve ser combinada com enfrentar os preconceitos, o racismo, todas as políticas escondidas que transformam a exclusão racial em exclusão social. E vice-versa", discursou Dilma para uma plateia formada por integrantes da Marcha das Mulheres Negras e de outros movimentos negros.
Dilma lembrou que, no último Censo, de 2010, 54% dos brasileiros se autodeclararam afrodescendentes. A cerimônia se antecipou ao Dia da Consciência Negra, comemorado nesta sexta-feira. No evento, ela assinou decretos de desapropriação de terras, concedendo-as a territórios quilombolas em diferentes regiões do País. Os beneficiários dessa medida estavam presentes e subiram ao palco com Dilma. A presidente pegou no colo uma bebezinha de uma dessas comunidades quilombolas.
Dilma disse que aprendeu novas expressões com as mulheres negras que marcharam na quarta-feira em Brasília: "esperançar" e "bem-viver". Segundo ela, são necessárias escolhas políticas de defesa da igualdade racial para que esse valor se impinja cotidianamente na sociedade.
"Ontem (quarta-feira), eu tive o prazer de receber representantes da Marcha das Mulheres Negras. O movimento tem aquela característica de quem luta com coragem, que é o esperançar. É ter a esperança, porque só com a esperança nós temos a capacidade de superar as dificuldades", afirmou.

Joaquim Levy elogia Lula e diz que se sente confortável

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, elogiou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e disse a jornalistas, nesta quinta-feira, que se sente confortável no governo Dilma Rousseff. "Eu estou tranquilo. O importante são as políticas, fazer as coisas para acabar a obra", afirmou, destacando que o Brasil está em um momento de transição para enfrentar a nova realidade global.
"Todo mundo dizia que não ia ter aeroporto. O governo tomou as decisões, fez as concessões, passou uns meses em obra. Hoje, olha os aeroportos que o Brasil tem. Então é assim, hoje a gente trabalha, está nas obras, tem um bom arquiteto. No final, vai ficar bacana", disse Levy. "Toda vez que você conserta as coisas e está em obra, as coisas parecem bastante difíceis", disse.
Questionado sobre a declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quarta-feira, em entrevista na GloboNews, de que Levy é "problema da presidente Dilma Rousseff", o ministro disse que vê a fala com "naturalidade". "Ele estava querendo dizer que ele tem os problemas dele e a presidente tem as questões dela. Isso me parece perfeitamente natural. As pessoas gostam de botar intenções nele, acham que ele faz isso e faz aquilo e esquecem as muitas coisas que ele fez", disse Levy, contando que teve a oportunidade de conviver com o ex-presidente em 2003. "Naquela época, eu pensei: 'dinheiro muito bem gasto no Bolsa Família', e transformou o Brasil. Então, claramente, o presidente tem um registro de realizações extraordinárias e está cuidando das coisas dele", disse.
O ministro afirmou ainda que o Congresso deu uma "sinalização extraordinária" nesta semana ao votar temas importantes e apontando possível solução para o orçamento do ano que vem.