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Internacional

- Publicada em 08 de Novembro de 2015 às 17:29

Após roubo de documentos, Francisco defende reformas

Papa classificou o episódio como 'um equívoco e um ato deplorável'

Papa classificou o episódio como 'um equívoco e um ato deplorável'


VINCENZO PINTO/AFP/JC
Em seus primeiros comentários públicos sobre o mais recente escândalo no Vaticano, o Papa Francisco disse ontem a fiéis na Praça de São Pedro que o roubo de documentos descrevendo malfeitos financeiros dentro da Santa Sé é um crime. Ele defendeu, porém, a continuidade das reformas que vem promovendo na Igreja Católica.
Em seus primeiros comentários públicos sobre o mais recente escândalo no Vaticano, o Papa Francisco disse ontem a fiéis na Praça de São Pedro que o roubo de documentos descrevendo malfeitos financeiros dentro da Santa Sé é um crime. Ele defendeu, porém, a continuidade das reformas que vem promovendo na Igreja Católica.
Os livros Mercadores no Templo, de Gianluigi Nuzzi, e Avareza, de Emiliano Fittipaldi, detalham erros de gestão e alegam "ganância" no Vaticano. As publicações são vistas como parte de uma disputa interna amarga entre reformadores e a chamada "velha guarda" da Santa Sé. O inquérito sobre o caso já levou à detenção do sacerdote espanhol Lúcio Ángel Vellejo Balda e da italiana Francesca Chaouqui.
"Esse fato triste certamente não vai me distrair do trabalho de reforma que eu e meus colaboradores estamos buscando com o apoio de todos vocês", declarou o pontífice, frase que foi recebida com comemoração pela plateia.
Entre os relatos de Mercadores do Tempo, Nuzzi escreve que o custo da santidade pode chegar a meio milhão de dólares e conta ainda sobre um monsenhor que teria quebrado a parede de seu vizinho, um padre doente, para expandir seu próprio apartamento. Francisco ressaltou que os documentos eram resultado da reforma em curso que ele instituiu e que medidas já estavam sendo tomadas para endereçar os problemas.
"Essas iniciativas já começaram a mostrar resultados", acrescentou o Papa, considerando um "ato deplorável" o roubo de documentos internos do Vaticano. "Quero dizer que o roubo desses documentos é um delito. É um equívoco e um ato deplorável que não ajuda", argumentou.
Desde que assumiu o cargo, o pontífice tornou uma prioridade a reforma no Vaticano. Ele apontou uma comissão de oito especialistas em 2013 para reunir informações e fazer recomendações depois que fatos expostos levaram seu predecessor, Bento XVI, a uma renúncia histórica.
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