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- Publicada em 03 de Novembro de 2015 às 22:16

Protásio Alves segue à espera de reformas

Projeto, agora, segue para apreciação no Senado Federal

Projeto, agora, segue para apreciação no Senado Federal


FREDY VIEIRA/JC
Isabella Sander
Interditado durante uma semana no início de outubro devido a problemas em sua estrutura, o Colégio Estadual Protásio Alves, localizado na avenida Ipiranga, em Porto Alegre, permanece aguardando reformas. Hoje, nem mesmo a entrada principal pode ser utilizada, e os estudantes precisam entrar pela avenida Erico Verissimo. As condições, precárias desde o início do ano, se agravam a cada ocorrência de chuva mais forte.
Interditado durante uma semana no início de outubro devido a problemas em sua estrutura, o Colégio Estadual Protásio Alves, localizado na avenida Ipiranga, em Porto Alegre, permanece aguardando reformas. Hoje, nem mesmo a entrada principal pode ser utilizada, e os estudantes precisam entrar pela avenida Erico Verissimo. As condições, precárias desde o início do ano, se agravam a cada ocorrência de chuva mais forte.
No início de 2015, já havia um chamado aberto pela instituição na Secretaria Estadual de Educação (Seduc) solicitando reparos no telhado. No dia 5 de outubro, um tremor aumentou as rachaduras existentes em salas do térreo da escola, assustando a comunidade escolar. Pouco mais de uma semana depois, no dia 14 de outubro, um grande temporal piorou a situação do telhado, a água atingiu as luminárias e gerou curto-circuito no terceiro e último andar do prédio. Sem alternativas de salas próprias para uso, os estudantes do terceiro ano permanecem tendo aulas no local, mesmo sem luz.
Após a interdição, a Secretaria Estadual de Obras, Habitação e Saneamento (SEO) realizou uma vistoria e descartou a possibilidade de desabamento. Inseguros, alunos, pais e professores solicitaram novo laudo, a ser feito pela Fundação Estadual de Ciência e Tecnologia (Cientec). A equipe visitou a área há duas semanas e deve entregar um orçamento à SEO nos próximos dias, segundo o superintendente de Produção, Rodrigo Martins Saraiva.
"Fizemos uma vistoria técnica inicial, a fim de definir quanto custará para realizar um laudo completo, e sugerimos o isolamento das áreas com fissuras. Nessa primeira observação, não conseguimos definir o motivo do tremor e as trincas nas paredes. Precisaremos de sondagens no local para termos uma conclusão", explica Saraiva. Com o valor previsto em mãos, a secretaria define se autoriza ou não o estudo.
Conforme a diretora do Protásio Alves, Ana Maria de Souza, não houve retorno e nem foi dada estimativa de data para a resolução dos problemas por parte do Estado. "Parece que a obra de conserto da luz está aprovada, mas seguimos esperando e eles permanecem tendo aula sem luz. A secretaria sugeriu que as classes fossem oferecidas no Colégio Estadual Julio de Castilhos, mas as únicas salas disponíveis no local eram a de música e o antigo bar dos professores, ou seja, eram inadequadas. Teríamos que levar inclusive lousa e cadeiras", relata.
Com a chegada do verão, os jovens precisarão enfrentar o calor sem ligar os ventiladores, caso o reparo não seja realizado. "Não teremos condições de começar o ano letivo de 2016 desse jeito", garante Ana Maria. Alguns pais de alunos cogitam acionar o Ministério Público. "O problema é sério. No dia 10 de julho, antes de todos esses transtornos mais graves, eu enviei um e-mail ao secretário da Educação dizendo que temia por alguma tragédia na escola. Até agora, nada foi feito", diz. Em nota, a Seduc informa que "há um processo para a reforma do telhado do saguão de entrada da escola, em fase de contratação, que antecede a ordem de início", e que os demais reparos estão em fase de projeto na Secretaria de Obras.
Além dos problemas de infraestrutura, a instituição sofre com a violência. Em julho, um estudante de 18 anos foi esfaqueado na saída da aula, por volta das 20h30min, ficando em estado grave. Fixos no local, hoje, estão somente dois vigilantes, encarregados de monitorar a parte interna do colégio.
"O problema está na rua. Na semana passada mesmo, um aluno foi sequestrado em frente ao prédio e largado na avenida Praia de Belas. É algo que os nossos guardas não viram e, se vissem, não poderiam fazer nada, pois não têm porte de arma", observa Ana Maria.
Segundo a diretora, uma viatura da Brigada Militar costumava ficar nas proximidades, mas, desde que a entrada foi transferida para a avenida Erico Verissimo, desapareceu. "Os problemas se acumulam e ninguém se compromete a fazer nada", lamenta.
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