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Governo Federal

- Publicada em 18 de Outubro de 2015 às 16:39

Dilma garante permanência de Joaquim Levy

Na Suécia, onde cumpre agenda, Dilma Rousseff respaldou gestão do ministro e disse que ele fica no cargo

Na Suécia, onde cumpre agenda, Dilma Rousseff respaldou gestão do ministro e disse que ele fica no cargo


ROBERTO STUCKERT FILHO/PR/JC
A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou ontem que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, fica no cargo e disse discordar do discurso do presidente nacional do PT, Rui Falcão, sobre uma possível saída dele do governo federal.
A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou ontem que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, fica no cargo e disse discordar do discurso do presidente nacional do PT, Rui Falcão, sobre uma possível saída dele do governo federal.
"A gente respeita a opinião do presidente do PT, mas isso não significa que seja a opinião do governo", afirmou a presidente, em entrevista coletiva em Estocolmo, na Suécia.
Questionada então pela reportagem sobre as chances de Levy deixar o governo, Dilma respondeu: "Se eu lhe disse que não é opinião do governo (a de Rui Falcão), o ministro Levy fica". E a presidente continuou: "Se ele fica, é porque concordamos com a política econômica dele".
Em entrevista à Folha, publicada no domingo, o presidente do PT defendeu mudanças na política econômica e afirmou ainda que, nesse cenário, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, deveria sair do governo se não concordar.
Dilma negou ainda que tenha discutido com Levy sobre sua demissão em reunião na sexta-feira passada antes de embarcar para a Suécia. "Vou falar uma coisa para vocês: há um nível de invenção de conversas que não é verdade. É absurdo dizer que nós tratamos disso na reunião. O que nós conversamos foi fundamentalmente sobre quais são os próximos passos e qual é a nossa estratégia no sentido de garantir que se aprovem as principais medidas que vão levar ao equilíbrio fiscal. Nem tocou nesse assunto (saída), não tinha nenhuma insatisfação dele, até porque essa entrevista (Rui Falcão) não tinha ocorrido, não sei como saem essas informações, e que são danosas, porque, de repente, aparece uma informação que não é verdadeira", afirmou.
Dilma negou ainda que o ex-presidente Lula tenha feito a ela qualquer pedido para trocar o ministro da Fazenda. "Ele nunca me pediu nada. O presidente Lula quando quer alguma coisa não tem o menor constrangimento em falar comigo", afirmou.
A presidente chegou a Estocolmo no sábado para encontros com autoridades locais e empresários, incluindo uma visita à fábrica da Saab, de quem o governo brasileiro comprou 36 caças Gripen NG por US$ 5,4 bilhões.
Dilmla está acompanhada dos ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Aldo Rebelo (Defesa), Armando Monteiro Neto (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia). O secretário de Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, também está presente.
Da Suécia, Dilma parte na noite de hoje para Helsinki, Finlândia, para compromissos com o governo, retornando ao Brasil na quarta-feira.

CPMF é crucial para o Brasil crescer, afirma presidente

A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou ontem em Estocolmo, na Suécia, que a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) é crucial para a retomada do crescimento do Brasil.
"O Brasil precisa aprovar (a CPMF) para que a gente tenha um ano de 2016 estável do ponto de vista do reequilíbrio das nossas finanças", afirmou a jornalistas, após encontro com o rei e a rainha suecos.
Ao destacar a necessidade da CPMF, Dilma disse que sem a volta do imposto é muito difícil estabilizar as contas públicas. "Não vou dizer que é impossível, mas está no grau de dificuldade máxima. A CPMF é crucial para o País. Não é uma questão do governo", frisou.
A presidente disse que não gostaria de ter que elevar a carga tributária do País, mas admitiu que isso se faz necessário devido a medidas de renúncia fiscal adotadas em seu primeiro mandato, de 2010 a 2014.
"Um dos fatos que leva a nossa dificuldade agora é que nós tivemos um nível de desoneração para além do desejável, se consideramos que não tínhamos como saber disso no futuro ia haver o fim do superciclo de commodities e que a China ia desacelerar nessa proporção", admitiu.
Segundo Dilma, "é sempre melhor reduzir imposto que aumentar, a não ser em momentos em que você se defronta com problemas críticos, como a desaceleração da China, que ninguém contava (que ocorreria) nessa proporção".

'É absurdo impedir migração de seres humanos', avalia petista

Às vésperas do aniversário de 70 anos das Organização das Nações Unidas (ONU), a presidente Dilma Rousseff (PT) defendeu a realização de uma reforma no Conselho de Segurança e avaliou que os mecanismos globais para garantir a segurança e a paz mundial se provaram "ineficazes" e "obsoletos".
Em artigo escrito ao canal norte-americano CNN e publicado na sexta-feira, a presidente destacou ainda que a garantia da segurança global e da manutenção da paz são ameaçadas atualmente por conflitos locais e atentados terroristas e critica a postura de países do Leste Europeu diante da atual crise de refugiados, que têm deixado nações do Oriente Médio para fugir de guerras e perseguições.
Para ela, é um "absurdo" a tentativa de impedir o deslocamento de imigrantes e citou o exemplo do Brasil como um país que acolhe refugiados mesmo em momentos difíceis.
"Em um mundo onde as mercadorias, capitais, informações e ideias fluem livremente, é um absurdo tentar impedir a livre migração de seres humanos. Como o meu País tem demonstrado ao longo da história, as diferenças podem coexistir lado a lado", disse.
Para a petista, a atual configuração do Conselho de Segurança, para o qual Brasil reivindica participação, não reflete o atual equilíbrio de forças e não foi capaz de enfrentar os desafios que se propõe. "A reforma do Conselho de Segurança é necessária", defendeu.

'Lamento que seja brasileiro', comenta, sobre Eduardo Cunha

A presidente Dilma Rousseff (PT) disse ontem que "lamenta que seja um brasileiro" ao comentar as provas de contas na Suíça contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A declaração foi dada em entrevista coletiva em Estocolmo, na Suécia. Questionada se as denúncias contra Cunha causam constrangimento ao Brasil no exterior, a presidente respondeu: "Seria estranho se causassem. Ele (Cunha) não integra meu governo, eu lamento que seja um brasileiro, se é isso que você (repórter) está perguntando", disse. E reafirmou: "Eu lamento que seja com um brasileiro".
Dilma ainda negou que esteja negociando acordo com Cunha para salvá-lo de uma cassação de mandato (em razão das denúncias) em troca de ele travar a abertura de um processo de impeachment contra ela. "Eu acho fantástico essa conversa de que o governo está fazendo acordo com quem quer seja. Até porque o acordo do Eduardo Cunha não era com o governo, era com a oposição, era público e notório, até na nota (da oposição pedindo afastamento de Cunha do cargo) isso aparece", disse. "Acho estranho atribuir ao governo acordo com presidente de Poder que não seja para passar coisa relativa a CPMF, DRU", afirmou.
Para a presidente, o episódio contra Cunha não prejudica a imagem do Brasil. "Nenhum país pode ser julgado por ser isso ou por aquilo, nem o Brasil, acho que essa pergunta (sobre se prejudica ou não) bastante capciosa", afirmou.