O Chile enfrenta greves dos guardas prisionais, empregados do Registro Civil e dentistas de postos e hospitais públicos. Os problemas começaram na segunda-feira e agravaram-se ontem, após a ministra da Justiça, Javiera Blanco, interromper as negociações com os dirigentes sindicais, acusando-os de "dar uma bofetada nas pessoas", dizendo a elas que colocam seus interesses acima da segurança das pessoas.
Em resposta à ministra, os guardas - que pedem melhora salarial, maior facilidade para promoções e reforço no pessoal -, ocuparam as dependências da prisão de mulheres de Santiago. O diretor do serviço penitenciário, Tulio Arce, informou que a vigilância nas cadeias está assegurada e que as visitas e a entrega de alimentos aos detentos continuam.
Já o Sindicato de Cirurgiões Dentistas e de Químicos Farmacêuticos e Bioquímicos anunciou paralisação de 48 horas, após seus representados serem excluídos de um acordo entre o Ministério da Saúde e o sindicato dos médicos, impedindo que os profissionais que trabalham 44 horas ou mais no sistema estatal recebam um aumento. Outro conflito sério enfrentado pelo governo é a paralisação de uma semana dos funcionários do Registro Civil, que deixaram de entregar cédulas de identidade e passaportes nesse período.