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Qualificação

- Publicada em 29 de Outubro de 2015 às 21:59

Mercado exige especialização de corretores

Jane conta que cursos de MBAs serão realizados no Estado em 2016 por demanda de profissionais

Jane conta que cursos de MBAs serão realizados no Estado em 2016 por demanda de profissionais


MARCO QUINTANA/JC
Em um mercado cada vez mais desenvolvido e segmentado, o principal agente de intermediação entre seguradoras e segurados não fica para trás. Além da formação generalista, corretores de seguros buscam se especializar em tipos de coberturas, de riscos de engenharia a cascos marítimos, de acidentes pessoais a apólices patrimoniais. Os cursos de extensão são ministrados pela Fundação Escola Nacional de Seguros (Funenseg) e pelas seguradoras.
Em um mercado cada vez mais desenvolvido e segmentado, o principal agente de intermediação entre seguradoras e segurados não fica para trás. Além da formação generalista, corretores de seguros buscam se especializar em tipos de coberturas, de riscos de engenharia a cascos marítimos, de acidentes pessoais a apólices patrimoniais. Os cursos de extensão são ministrados pela Fundação Escola Nacional de Seguros (Funenseg) e pelas seguradoras.
São workshops, cursos técnicos e MBAs, um tipo de mestrado profissional. No ano que vem, o Rio Grande do Sul terá, pela primeira vez, duas turmas de MBA, nas áreas de Direito Securitário e Gestão, ministrados pela Funenseg-RS. Os cursos acontecerão a partir de maio e surgiram por uma demanda dos corretores gaúchos, segundo a coordenadora da escola no Estado, Jane Mansur.
A Funenseg é a entidade responsável pela formação básica de corretores no País. Com duração de nove meses, o curso pode ser presencial ou a distância. Ao final, o aluno realiza um exame e, se aprovado, é registrado como corretor pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). "É preciso se preparar muito para realizar essa prova. O curso tem 26 matérias, desde matemática financeira, ética e gestão empresarial até conhecimentos técnicos da área", explica Jane.
Em 2015, a Funenseg nacional também ofereceu duas bolsas de mestrado em Londres, com as despesas pagas, em parceria com a Cass Business School. A escola também inaugurou o Centro de Pesquisa e Economia do Seguro, que promoverá atividades acadêmicas complementares sobre temas de interesse do mercado.
"Corretores que querem se manter em atividade precisam buscar atualização constante", aponta a diretora executiva da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), Solange Beatriz Mendes. A entidade também fornece uma certificação profissional adicional, mediante realização de um exame, que tem como objetivo reconhecer o nível de conhecimento técnico sobre o setor segurador.
É comum o corretor manter relacionamento com mais de uma seguradora, vendendo produtos de empresas diferentes. Nessa relação, ele representa o segurado perante a seguradora e tem a responsabilidade de conhecer com detalhes as apólices que comercializa, para prestar informações de forma transparente e clara, como enfatiza o executivo da Liberty Seguros Paulo Umeki. "O corretor atua como um consultor, oferecendo o produto mais adequado ao perfil do cliente. É seu papel zelar pelos direitos do consumidor e traduzir o contrato", explica. Por isso, a maioria das seguradoras investe em constantes treinamentos, presenciais e pela internet.
No Rio Grande do Sul, a Lei Estadual nº 13.651, de 2011, determina que é obrigatória a assistência de um profissional habilitado no momento da contratação de um seguro. Mesmo assim, uma reclamação comum de consumidores é a falta de informação sobre os produtos. O presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros do Rio Grande do Sul (Sincor-RS), Ricardo Pansera, reforça que a lei é modelo para o resto do País e foi criada para proteger consumidores. "Certamente quem relata esse problema contratou o seguro sem um corretor. Muitos segurados são vítimas de venda casada em bancos", observa. Ele recomenda que os clientes denunciem estabelecimentos que desrespeitam a lei ao Procon-RS ou ao Sincor-RS.

Profissionais devem ser incorporados às vendas online

Jane conta que cursos de MBAs serão realizados no Estado em 2016 por demanda de profissionais

Jane conta que cursos de MBAs serão realizados no Estado em 2016 por demanda de profissionais


MARCO QUINTANA/JC
O papel do corretor se fortalece e se transforma com as vendas de seguros online. Mesmo nesse canal, a intermediação do profissional é indispensável para prestar informações, como aponta a diretora executiva da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), Solange Beatriz Mendes. "Não podemos dispensar a comercialização pela internet, mas é preciso agregar o corretor", indica.
As seguradoras ainda estão descobrindo como fazer isso. A Mongeral Aegon, por exemplo, recebeu um prêmio de inovação da CNseg por criar lojas online personalizadas para seus corretores, integradas ao portal de e-commerce, privilegiando a figura estratégica do profissional. "A internet não rouba o meu lugar, mas fortalece o meu papel. Funciona como uma ferramenta de networking", acredita a corretora de seguros pessoais Liliana Gonzalez, que tem uma página profissional atrelada ao site da Mongeral Aegon. Ela explica que atende aos clientes recomendados pela loja online realizando visitas onde eles estiverem.
Na corretora Minuto Seguros, apesar do pedido de cotação ser feito por site, chat, e-mail ou telefone, a intermediação entre clientes e corretores acontece de forma tradicional. Um técnico busca as melhores opções de coberturas e prepara uma oferta personalizada, que poderá ser passada ao cliente pela plataforma que ele preferir. A empresa costuma fazer parcerias com corretores externos, quando surgem demandas por produtos que fogem da sua especialidade. "Como um médico, o corretor não pode ser especialista em tudo", compara o sócio-diretor Manes Erlichman.