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Negócios Corporativos

- Publicada em 21 de Outubro de 2015 às 22:02

Grupo sul-mato-grossense adquire a Germani

Parque industrial gaúcho será comandado pela Dallas, companhia com sede em Nova Alvorada (MS)

Parque industrial gaúcho será comandado pela Dallas, companhia com sede em Nova Alvorada (MS)


GERMANI/DIVULGAÇÃO/JC
A Germani Alimentos, com sede em Santa Cruz do Sul, tem novo dono. Desde 1998 sob o guarda-chuva do conglomerado Francisco Stédile, controlador da Agrale, a empresa de biscoitos, massas e cereais responde, agora, ao Grupo Dallas, de Mato Grosso do Sul. Os valores envolvidos na transação não foram divulgados pelos grupos, que garantem, porém, que pouca coisa mudará na companhia gaúcha, hoje com cerca de 400 funcionários e que atende, principalmente, aos estados da região Sul.
A Germani Alimentos, com sede em Santa Cruz do Sul, tem novo dono. Desde 1998 sob o guarda-chuva do conglomerado Francisco Stédile, controlador da Agrale, a empresa de biscoitos, massas e cereais responde, agora, ao Grupo Dallas, de Mato Grosso do Sul. Os valores envolvidos na transação não foram divulgados pelos grupos, que garantem, porém, que pouca coisa mudará na companhia gaúcha, hoje com cerca de 400 funcionários e que atende, principalmente, aos estados da região Sul.
"Tínhamos interesse de entrar na região Sul e apareceu essa oportunidade, que é uma maneira de cumprirmos nosso objetivo de nos tornarmos uma empresa nacional", comenta, sobre a aquisição, o diretor industrial do Grupo Dallas, Carlos Adriano Fissel Ferrugem. A companhia atua no mesmo segmento, tem sede em Nova Alvorada do Sul (MS) e afirma ser líder no ramo no Centro-Oeste e ter forte atuação no Norte. "Acreditamos que tem tudo para dar certo, pois, além de muita sinergia com a Germani, herdamos marcas consolidadas no mercado gaúcho", continua Ferrugem, destacando, por exemplo, os produtos Coroa. O negócio ainda engloba as marcas Filler, Corsetti e Sulina, entre outras.
Há dois anos, o Grupo Dallas inaugurou uma nova fábrica em Cabreúva (SP), na tentativa de atingir o Sudeste, estratégia que se mostrou complicada. "Percebemos que o crescimento orgânico neste ramo, com marcas muito regionais, é difícil, e resolvemos que, a partir daquele momento, atuaríamos através de aquisições", conta Ferrugem, que se mostra aberto a novas fusões no futuro. O diretor comenta que a intenção, agora, é trazer a Santa Cruz algumas inovações tecnológicas já utilizadas pelo grupo em suas outras unidades, como forma de aumentar a gama de produtos oferecidos pela Germani.
O diretor do conglomerado Francisco Stédile, Carlos Stédile, justifica a venda como uma forma de concentrar seus esforços em suas outras unidades. "Estrategicamente, tomamos a decisão de nos desfazermos da Germani para nos dedicarmos mais ao setor metalomecânico, que é a nossa principal atuação", comenta Stédile. Além da Agrale, o grupo possui a Agritech, a Lavrale (implementos e tratores), a Fundituba (fundição), a Engrenale (engrenagens) e a Lintec (empilhadeiras). Sobre a Germani, Stédile destaca a atuação da empresa na exportação, hoje presente na América Latina e na África.
Internamente mais voltadas aos atacados, a estratégia do Dallas é aumentar a presença das marcas no varejo, principalmente de pequenas redes. "Não vamos abandonar nenhum desses mercados, mas daremos mais foco nos varejistas que geralmente são atendidos por distribuidoras e, às vezes, ficam um pouco à margem", prossegue Ferrugem, que cita, ainda, uma motivação simbólica para o negócio. "Já queríamos, há algum tempo, estar no Sul, pois somos gaúchos e, meio bairristas, tínhamos muita vontade de voltar para o Estado", brinca o diretor, natural de Bagé.
Além disso, Ferrugem antecipa que levará ao resto do País os produtos da Corsetti, antigamente com sede em Caxias do Sul e tradicionalmente voltada a cereais, segmento no qual o Dallas ainda tem pouca força.