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- Publicada em 08 de Outubro de 2015 às 21:54

Made in Brazil, com excelência de qualidade

Em meados dos anos 1980, era bastante forte a preocupação, tanto por parte da indústria quanto do governo, de reforçar o nosso parque industrial para sermos competitivos em todo o globo. Da massiva concentração no estado de São Paulo, a indústria passou a buscar oportunidades em outras regiões. Na época, montadoras que chegavam ao Brasil, atraídas por incentivos estaduais, começavam a construir fábricas fora de São Paulo. Por tendência, lançada pela Fiat em Belo Horizonte, autopeças também passaram a se instalar próximas às montadoras.
Em meados dos anos 1980, era bastante forte a preocupação, tanto por parte da indústria quanto do governo, de reforçar o nosso parque industrial para sermos competitivos em todo o globo. Da massiva concentração no estado de São Paulo, a indústria passou a buscar oportunidades em outras regiões. Na época, montadoras que chegavam ao Brasil, atraídas por incentivos estaduais, começavam a construir fábricas fora de São Paulo. Por tendência, lançada pela Fiat em Belo Horizonte, autopeças também passaram a se instalar próximas às montadoras.
Toda essa descentralização da indústria foi acompanhada de perto pelo IQA (Instituto da Qualidade Automotiva), que agora avança mais um largo passo na disseminação da qualidade em toda a cadeia, com a regionalização de suas atividades, realizada por meio da atuação de representações próximas aos polos industriais. São especialistas devidamente treinados e qualificados, que atuam como braços do instituto em suas respectivas regiões: identificam as necessidades locais e apresentam oportunidades para a melhoria contínua da qualidade de processos, produtos e serviços do setor.
Construir uma estrutura de trabalho sólida para todo o Brasil não é algo simples, porque requer o engajamento de pessoas devidamente preparadas conforme o padrão IQA. Afinal, o instituto não pode perder a identidade, calcada em questões éticas e de relacionamento, que são pontos fundamentais no processo. Portanto, além de conhecimento da qualidade, é necessário perfil que se enquadre nos princípios do instituto. Em outras palavras, o objetivo é estar próximo das diversas regiões do Brasil, mas com padrão de trabalho comum para o País inteiro.
Com a atuação dos representantes, que têm contato direto com as empresas e entidades locais, características regionais ficam mais perceptíveis e particularidades são melhor compreendidas. Esse é o diferencial da construção de bases regionais nos polos mais importantes do País. Além do estado de São Paulo, onde tem sede na Capital e está representado nas cidades de Campinas, Piracicaba e Sorocaba, o IQA já atua em estados como Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco e Rio Grande do Sul.
Em dois anos de trabalhos, já houve grande interesse da indústria por treinamentos em estados como Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, assim como demandas de oficinas por certificação de serviços em cidades do Mato Grosso. Também são realizadas certificações de concessionárias em todo o Brasil para a Fiat e a Volkswagen. Ainda há muitas regiões para alcançar. Não se pode estar vinculado apenas aos polos industriais. Só no estado de São Paulo, há uma grande ampliação da indústria pelo interior, a exemplo de Sorocaba, que não é um polo industrial, mas um potencial onde há muitas indústrias instaladas. O instituto partiu pelos polos industriais, mas também quer alcançar regiões onde existem demandas que precisam de apoio.
É extremamente importante para a nossa indústria essa diversificação regional, que deve ser feita de forma estruturada e planejada. A qualidade no setor automotivo precisa ser padronizada e entendida em todo o Brasil para que seja a mesma, independentemente de onde é produzida. Esse é o nosso maior desejo: quando se falar em qualidade made in Brazil, que nós, de Norte a Sul do País, sejamos reconhecidos mundialmente como grande fabricante do setor automotivo.
Presidente do IQA, Instituto da Qualidade Automotiva.

Comitê desenvolverá setor de cargas aéreas em terminais

Sistemas desafogam a burocracia do setor e poderão impedir a chegada ao Brasil de volumes suspeitos

Sistemas desafogam a burocracia do setor e poderão impedir a chegada ao Brasil de volumes suspeitos


GILMAR LUÍS/JC
A Secretaria de Aviação da Presidência da República vai elaborar um diagnóstico sobre gargalos do mercado de carga aérea no País. Será uma das primeiras ações do novo Comitê Técnico de Cargas Aéreas, criado na Conaero (Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias). A secretaria quer entender e desenvolver a logística de cargas no País, melhorar o processamento dos carregamentos e implementar soluções operacionais, novas tecnologias e procedimentos de certificação visando ampliar a segurança do setor.
O segmento movimenta em torno de 1,54 milhão de toneladas por ano. Para o ministro da Aviação, Eliseu Padilha, a falta de soluções estratégicas nesse mercado "gera um custo muito grande para a indústria, para a cadeia logística, para o País. O Comitê vai equacionar essas questões". Os desdobramentos econômicos incluem a inibição de investimentos, além do subaproveitamento de qualidades importantes do transporte aéreo, como a velocidade e eficiência de entrega.
A Secretaria de Aviação trabalha também em um projeto piloto de certificação de cargas ("Secure Freight", ou "Carga Segura" em tradução livre), em parceria com a Iata e outras entidades públicas e privadas do setor. A ideia é desenvolver uma cadeia logística segura, mediante um processo de certificação, para desafogar a infraestrutura dos aeroportos da burocracia do despacho de cargas. Toda a inspeção e verificação da segurança da carga passaria a ser feita fora do aeroporto, e o transporte até ele seria monitorado, mantendo a carga segura ao longo da cadeia logística até seu embarque na aeronave.
O governo também tem planos de criar e implantar um sistema em padrão similar ao Apis (Advanced Passenger Information System, utilizado pela Receita e Polícia Federal), o ACI (Advanced Cargo Information), para rastrear informações das cargas que estão vindo para o País e estabelecer mecanismos oficiais de monitoramento com segurança. Com o novo sistema, será possível, por exemplo, impedir o embarque de cargas suspeitas.

Aéreas transportaram mais de três mil órgãos e tecidos para transplante no ano

As principais empresas aéreas brasileiras já contabilizam o transporte de mais de 3,3 mil órgãos, tecidos, itens e equipes médicas, entre janeiro e julho deste ano. O serviço é prestado de forma gratuita e integra a rede de transplante de órgãos do SUS (Sistema Único de Saúde) desde 2001. Em 2013, foi reforçado com um termo de cooperação entre o Ministério da Saúde, a Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), a SAC (Secretaria de Aviação Civil), a Infraero e concessionárias de aeroportos.
Essa medida fez o número de transportes mais que dobrar. Em 2012, foram cerca de 2,5 mil transportes. Em 2013, o número passou para 6,9 mil e, em 2014, atingiu 7,9 mil itens transportados. Conforme o consultor técnico da Abear, Paulo Roberto Alonso, "o aumento do número de doadores, aliado aos acordos de cooperação técnica, provocou o aumento no número de voos que fizeram esse tipo de transporte".
O acordo estabelece fluxos de atividades entre os envolvidos para agilizar a disponibilização de voos para o serviço. Com essa finalidade, "um representante da Central Nacional de Transplantes permanece 24 horas por dia, sete dias por semana, no CGNA (Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea), o que torna mais rápida a tomada de decisões sobre o voo que pode fazer o transporte do órgão ou tecido até o seu destino", explica o consultor da Abear. "Além de o material ser transportado geralmente na cabine, às vezes com, às vezes sem acompanhante, a aeronave que está transportando o órgão para transplante tem prioridade em pousos e decolagens em relação às demais aeronaves."