O andar superior do Mercado Público da Capital, previsto para ficar pronto até o final do ano, deve estar concluído somente no primeiro semestre de 2016. Na semana passada, a prefeitura obteve a liberação de R$ 6 milhões referentes ao seguro do prédio, incendiado no dia 6 de julho de 2013. De acordo com o vice-prefeito Sebastião Melo, o município está tratando dos últimos ajustes de cunho judicial para tentar realizar a colocação do telhado sem licitação, investindo a verba da seguradora. A intenção inicial era realizar esta etapa com verba do governo federal, cerca de R$ 3,5 milhões, mas a liberação ainda não ocorreu.
“Fazer uma obra no Brasil é muito difícil, se for em prédio histórico, piora ainda mais. Nós enviamos o projeto para a União, mas ele retornou quatro vezes para ajustes. Como conseguimos esse valor do seguro, vamos investir no telhado, nos brises e na rede elétrica provisória”, explica. A partir da assinatura do contrato com o fabricante das telhas, que serão feitas manualmente, seguindo o estilo das existentes, a entrega deve ser feita em cerca de três meses.
Para a reestruturação do Mercado Público, o governo federal autorizou R$ 19,5 milhões provenientes do PAC Cidades Históricas. Desse total, já foram utilizados R$ 9 milhões, investidos na primeira fase da obra, como troca de portas, janelas, piso, paredes, redes provisórias e restauro geral. Os demais R$ 8 milhões ainda não têm previsão de liberação e servirão para os projetos das redes hidráulica, elétrica e hidrossanitária. O custo total da obra foi recalculado, passando dos R$ 19,5 milhões para cerca de R$ 26 milhões. Segundo Melo, além dos danos causados pelo incêndio, a prefeitura optou por qualificar toda a estrutura.
As obras de restauração se iniciaram quatro meses após o incêndio, provocado por um curto-circuito nas instalações elétricas de um restaurante. Os bombeiros levaram quatro horas para controlar as chamas, que danificaram principalmente o andar superior. Na época, a contenção contava apenas com redes normais de água existentes no local. Após o ocorrido, foi construída uma caixa d'água provisória até a implantação de uma definitiva maior. Para que os bombeiros entreguem o Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) definitivo, será preciso construir uma caixa d'água de 36 mil litros subterrânea. A existente hoje é provisória, de 15 mil litros, construída superficialmente. Para a definitiva, será preciso realizar uma obra maior, que deve ser contemplada na fase das intervenções complementares.