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Indústria

- Publicada em 10 de Fevereiro de 2015 às 00:00

Ford anuncia centro de distribuição no Estado


MARCO QUINTANA/JC
Jornal do Comércio
Quinze anos depois da tentativa frustrada de instalar uma montadora no Estado, a Ford anunciou ontem um novo investimento no Rio Grande do Sul. A empresa se prepara para instalar um centro de distribuição de equipamentos automotivos no município de Gravataí. A expectativa é que a unidade, única no Sul do País, entre em operação em junho deste ano.
Quinze anos depois da tentativa frustrada de instalar uma montadora no Estado, a Ford anunciou ontem um novo investimento no Rio Grande do Sul. A empresa se prepara para instalar um centro de distribuição de equipamentos automotivos no município de Gravataí. A expectativa é que a unidade, única no Sul do País, entre em operação em junho deste ano.
O objetivo do projeto é suprir com maior agilidade as necessidades das revendas localizadas no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e equalizar a qualidade do atendimento em todo o Brasil. A unidade vai movimentar 7,5 mil peças por mês, com expectativa de faturamento de R$ 4 milhões, ao mês.
O grande beneficiado com a novidade será o consumidor, garantiu o vice-presidente da Ford América do Sul, Rogélio Golfarb, após reunião de cerca de uma hora com o governador José Ivo Sartori e o prefeito de Gravataí, Marco Alba.
Atualmente, as chamadas peças não usuais demoram até oito dias para chegar aos clientes gaúchos. A partir da metade deste ano, esse tempo deve cair para dois dias, no máximo. Outra duas unidades na Bahia e em São Paulo atendem as regiões Norte/Nordeste e Sudeste, respectivamente.
Afastando a possibilidade da instalação ser uma espécie de acerto de contas com o executivo estadual após o descumprimento do contrato para a instalação de uma fábrica de automóveis na cidade de Guaíba, Golfarb afirmou que “empresarialmente o pensamento não é esse”. “Nós não pensamos no que aconteceu atrás, mas no que vai acontecer daqui para frente. A decisão é baseada nos méritos, na importância logística e na estatura que o Estado tem no contexto da indústria automotiva”, enfatizou.
A decisão sobre o pagamento pela montadora de um reembolso pelos investimentos públicos realizados para que a empresa abrisse uma filial em 1998 ainda está em suspenso. Em 2013, o Tribunal de Justiça (TJ-RS) condenou a montadora a pagar R$ 162 milhões. A empresa apresentou apelação e o processo tramita até hoje, em segunda instância. “Isso é muito pequeno em vista do início da operação de distribuição de peças no Estado”, determinou Golfarb.
O governador destacou que a vinda do centro de distribuição ao Estado representa o empenho da nova gestão em apesentar alternativas à economia gaúcha. “É uma grande satisfação receber a Ford e o reconhecimento à nossa posição estratégica no Mercosul”, comemorou Sartori.
Para o prefeito de Gravataí, Marco Alba, a unidade deve ter um impacto significativo na receita municipal. O município manteve contato direto com a marca e atuou facilitando os trâmites legais, apoiando e dando agilidade aos processos. Segundo os representantes do governo e da empresa, nenhum tipo de incentivo fiscal ou de crédito foi levado à mesa de negociação.
O novo centro de distribuição da Ford na região Sul será instalado em uma estrutura com área total de 14 mil metros quadrados, localizado na rodovia ERS 118. O local está pronto e disponível para ocupação. No mês que vem a empresa dará início ao abastecimento da área.

Bndes afirma que terá nova taxa fixa de juros para os financiamentos de bens de capital

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) anunciou ontem, a ampliação das alternativas de financiamento para a compra de bens de capital. O banco de fomento terá agora uma nova taxa de juros fixa, a valores de mercado, para complementar os empréstimos da linha Bndes PSI, cujas condições ficaram mais restritivas após a renovação do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), em 1 de janeiro.
Segundo nota divulgada pelo Bndes, a nova taxa de juros fixa será atualizada mensalmente e permitirá ampliar para até 90% a participação de financiamento do banco de fomento, no caso das operações de aquisição de ônibus e caminhões, incluindo a linha especial para o financiamento ao caminhoneiro autônomo, o Bndes Procaminhoneiro.
O programa Bndes PSI financia com taxas fixas a compra de bens de capital de fabricação nacional. O limite para o financiamento com as taxas do programa é de 50% do valor do bem (para grandes empresas) e de 70% (para empresas de porte menor). O cliente, entretanto, pode financiar até 90% do valor, complementando a taxa do PSI com taxas de mercado.
A novidade é que o Bndes está oferecendo aos clientes a opção de cobrir a parcela que exceder os 50% ou 70% também com uma taxa fixa, a custo de mercado, informou o Bndes em nota distribuída à imprensa na manhã de ontem.
Os valores das taxas fixas para fevereiro são de 17,24% ao ano para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) e de 15,74% ao ano para demais empresas. Segundo o Bndes, na composição do crédito (PSI + taxa de juros fixa), ficará mantida a vantagem de custo do financiamento para as MPMEs, já que a participação do Bndes na parcela de financiamento com juros subsidiados do PSI a essas empresas é maior.
A medida foi comunicada aos agentes financeiros por meio de circulares do Bndes e o novo instrumento já está disponível. Inicialmente, valerá nas linhas para a aquisição de ônibus e caminhões. Em uma segunda etapa prevista, o benefício será ampliado para o financiamento dos demais bens de capital financiados pelo Bndes PSI.

Dilma divulga os novos integrantes do CNDI no Diário Oficial da União

A presidente Dilma Rousseff divulgou, ontem, no Diário Oficial da União (DOU) a nova composição do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI). Formado por representantes da iniciativa privada, o  órgão é destinado ao assessoramento e a orientação à presidência da República.
De acordo com o decreto, 11 novos executivos foram designados para o colegiado, com atuação prevista por dois anos. Entre eles, estão representantes de entidades sindicais.
São eles: Cledorvino Belini (Fiat); Danilo Pereira da Silva (Força Sindical SP); José Calixto Ramos (CNTI); Laércio Cosentino (Totvs); Murilo Ferreira (Vale); Nivaldo Santana Silva (CTB); Pedro Luiz Barreiros Passos (Natura); Reginaldo Braga Arcuri (ex-ABDI); Ricardo Patah (UGT); Rubens Ometto Silveira Mello (Cosan); e Vagner Freitas de Moraes (CUT).
A presidente também reconduziu ao conselho, por dois anos, Décio da Silva; Frederico Fleury Curado; Hélio Bruck Rotenberg; Jorge Gerdau Johannpeter; Luiza Helena Trajano Inácio Rodrigues; Paulo Gilberto Fernandes Tigre; e Robson Braga de Andrade.

Anfavea critica as mudanças no Reintegra e no PSI

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, criticou, ontem, os estudos do governo para reduzir a alíquota do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra) e acabar com os subsídios do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) no Programa de Sustentação do Investimento (PSI). Moan destacou que o setor registrou resultados ruins em janeiro, o que confirma a expectativa de um primeiro trimestre extremamente difícil para as vendas. Segundo ele, o fim do PSI na metade deste ano, pode agravar a situação, principalmente nas vendas de caminhões.
Moan disse que a retração nas vendas de caminhões, em janeiro, foi de 28%. “Suplantou nossas expectativas”, afirmou. Ele lembrou que, somente na quarta-feira da semana passada, o Bndes baixou uma circular com taxas de juros fixas para o PSI. “Isso deu um alento para o setor automotivo, considerando que o consumidor não vai comprar caminhão com taxa variável”, disse, após reunião no Palácio do Planalto para discutir o plano nacional de exportação, que deve ser lançado em março.
“Eu não consigo ver sustentação da venda de caminhão sem o PSI e sem o Finame”, disse. Moan explicou, no entanto, que as linhas do Finame não têm tido procura, porque uma parte da correção é variável. O ideal, para ele, seria taxa de juro fixa, como no PSI. “Precisamos da manutenção do PSI”, defendeu.
O presidente da Anfavea defendeu que a continuidade do Reintegra com alíquota de 3% é peça fundamental do plano nacional de exportação.
“Defendemos não só que o Reintegra seja mantido em 3%, como seja dado em caráter permanente”, afirmou. A equipe econômica do tem estudado o retorno da alíquota do Reintegra de 3% para 0,1%.
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