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Publicada em 18 de Abril de 2024 às 13:06

Entidades patronais e trabalhistas seguem impasse no reajuste do mínimo regional gaúcho

A reunião do Comitê de Valorização do Piso Salarial do Rio Grande do Sul ocorreu nesta quarta-feira (17)

A reunião do Comitê de Valorização do Piso Salarial do Rio Grande do Sul ocorreu nesta quarta-feira (17)

Suelem Pires/Ascom STDP/Divulgação/JC
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Maria Amélia Vargas
Maria Amélia Vargas Repórter
Mediada pelo titular da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Profissional (STDP), Gilmar Sossella, a reunião do Comitê de Valorização do Piso Salarial do Rio Grande do Sul nesta quarta-feira (17) para discutir o reajuste ao salário mínimo regional apresentou as propostas de entidades empresariais e trabalhistas. Enquanto os representantes das centrais sindicais requerem um aumento de 8,45%, as patronais defendem o índices que variam de 2,21% a 3,5%.
Mediada pelo titular da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Profissional (STDP), Gilmar Sossella, a reunião do Comitê de Valorização do Piso Salarial do Rio Grande do Sul nesta quarta-feira (17) para discutir o reajuste ao salário mínimo regional apresentou as propostas de entidades empresariais e trabalhistas. Enquanto os representantes das centrais sindicais requerem um aumento de 8,45%, as patronais defendem o índices que variam de 2,21% a 3,5%.
Conforme o presidente da Central dos Trabalhadores Brasileiros no Rio Grande do Sul (CTB-RS), Guiomar Vidor, os seus cálculos baseiam-se “no restabelecimento do valor de 1,28 salários mínimos nacionais, valor de quando o regional foi criado, lá em 2001/2002”. Para isso, segundo ele, “seria necessário um reajuste de 14,82%, mas, devido ao momento econômico, pedimos 8,45%, valor dado ao mínimo nacional no ano de 2023”.
Por parte dos empresários, a Fiergs, a Fecomércio e a Farsul indicam um reajuste de 2,21%. Para o coordenador de Conselho de Relações do Trabalho da Fiergs, Guilherme Scozziero, o número proposto pelos empregados parece "um tanto exagerado”. “Eles pegaram o reajuste do ano passado e estão querendo aplicar o mesmo reajuste esse ano, lembrando que no ano passado o salário mínimo regional teve dois reajustes: um em fevereiro e outro em novembro, e isso para quem para quem paga é bem complicado a gente muitas vezes”, disse.
O gerente de Relações Governamentais na Fecomércio-RS, Lucas Schifino, reforça que, no ano passado, foram acertados quase 20% acumulados – 10,6% no início do ano e 9% em novembro. A proposta atual, então, seria para atualizar a inflação a partir da última concessão. Os valores para este ano, na sua opinião, devem considerar o histórico dos últimos pontos de reajuste. Sobre o debate, Schifino acrescenta: “A gente está falando de uma definição legal de pisos salarial que é impacta muito pouca gente diretamente, porque todas as no comércio, na indústria e na própria agricultura têm negociação coletiva”.
Por meio de nota, o presidente da Federasul, Rodrigo Sousa Costa, justifica a sua proposta de ajuste de 3,5% às dificuldades de contratações vários setores de diversos municípios do Estado, “tanto para preenchimento de vagas de maior exigência de qualificação, com remunerações bem acima do piso, quanto para vagas de menor necessidade de qualificação”. Segundo o texto, “em um ambiente de maior oferta de vagas disponíveis que não conseguem ser preenchidas, a eficácia do piso regional enquanto política pública, tem o efeito dúbio de proteger a renda de empregados não sindicalizados, ao mesmo tempo que restringe as possibilidades de acesso ao mercado formal dos desempregados de menor qualificação e experiência, pelas condições atuais de perda de renda da classe média empregadora”.

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