Assembleia inicia ano avaliando proposta de sustar decretos de Leite sobre benefícios fiscais

Proposta está na CCJ e deve ser pauta da comissão em 2024

Por Diego Nuñez

Governo confia na constitucionalidade dos decretos de Eduardo Leite
O principal tema do final de 2023 na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul promete repercutir ainda neste ano. As medidas do governo Eduardo Leite (PSDB) para aumentar a arrecadação do Estado, primeiro via projeto para aumento do ICMS de 17% para 19,5% que não encontrou eco no Parlamento, depois pela publicação de decreto que revisam benefícios fiscais a diversos setores da economia gaúcha, provocaram reações que ainda devem reverberar em 2024.A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Legislativo gaúcho deve iniciar o ano debatendo uma proposta de Decreto Legislativo que visa sustar os atos do governador, revogando os decretos que diminuem benefícios fiscais. Projeto do deputado Rodrigo Lorenzoni (PL), a Proposta de Sustação de Atos do Poder Executivo pretende derrubar os cinco decretos publicados pelo governo do Estado e abre prazo de 10 dias para que o Poder Executivo defenda a validade de seus atos. Questionado se é prerrogativa do Parlamento revogar decretos editados pelo governador, o deputado defende se basear na constituição estadual, afirmando que os decretos “exorbitam” a capacidade de regulação do governo. “O governador tem atribuição nas questões dos benefícios fiscais, com possibilidade de conceder e retirar por decreto. É direito. Mas a constituição afirma que a Assembleia pode revogar os atos do governador quando ele exorbitar a capacidade de regulação por parte do Poder Executivo. Se o governador tivesse feito um decreto retirando um incentivo fiscal de de um segmento, não faria nenhum sentido entrar com um PDL. Entramos porque ele revoga 40% do total de benefícios fiscais concedidos no Estado”, argumenta Lorenzoni.

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