Wassef se diz vítima de 'campanha de fake news', mas não nega recompra de Rolex de Bolsonaro

A Polícia Federal aponta para o defensor do clã Bolsonaro como um dos envolvidos no suposto esquema de venda de joias e presentes de alto valor recebidos durante agendas oficiais.

Por Agência Estado

Brazilian Frederick Wassef (C), lawyer of senator Flavio Bolsonaro - son of President Jair Bolsonaro- delivers a press conference outside the Federal Police Headquarters in Rio de Janeiro, Brazil on May 26, 2020. - The Brazilian Federal Police carried out searches, as part of the Operation Placebo, at the official residence of the governor of Rio de Janeiro, Wilson Witzel, and at the homes of Brazilian former Secretary of Health Edmar Santos and former undersecretary Gabriel Neves. The operation is part of an investigation of the misappropriation of funds and fraud in the bidding processes for the purchase of equipment and supplies intended to combat the new coronavirus in Rio de Janeiro. (Photo by FABIO MOTTA / AFP) Caption
O advogado criminalista Frederick Wassef, um dos alvos da operação Lucas 12:2 da Polícia Federal na última sexta-feira (11), disse estar sendo vítima de uma "uma campanha de fake news e mentiras de todos os tipos". A Polícia Federal aponta para o defensor do clã Bolsonaro como um dos envolvidos no suposto esquema de venda de joias e presentes de alto valor recebidos durante agendas oficiais.

De acordo com o que a corporação apurou, Wassef teria recomprado um relógio da marca Rolex para entregá-lo ao Tribunal de Contas da União (TCU). O objeto teria as mesmas características do relógio que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ganhou de presente durante uma agenda nos Emirados Árabes e que, posteriormente, Mauro Cid teria vendido.
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Leia a íntegra da nota do advogado Frederick Wassef:

Como advogado de Jair Messias Bolsonaro, venho informar que, mais uma vez, estou sofrendo uma campanha de fake news e mentiras de todos os tipos, além de informações contraditórias e fora de contexto. Fui acusado falsamente de ter um papel central em um suposto esquema de vendas de joias. Isso é calúnia que venho sofrendo e pura mentira. Total armação.

A primeira vez que tomei conhecimento da existência das joias foi no início deste ano de 2023 pela imprensa. Quando liguei para Jair Bolsonaro, ele me autorizou, como seu advogado, a dar entrevistas e fazer uma nota à imprensa. Antes disso, jamais soube da existência de joias ou quaisquer outros presentes recebidos. Nunca vendi nenhuma joia, ofereci ou tive posse. Nunca participei de nenhuma tratativa, nem auxiliei nenhuma venda, nem de forma direta nem indireta. Jamais participei ou ajudei de qualquer forma qualquer pessoa a realizar nenhuma negociação ou venda.

A Polícia Federal efetuou busca em minha residência no Morumbi, em São Paulo, e não encontrou nada de irregular ou ilegal, não tendo apreendido nenhum objeto, joias ou dinheiro. Fui exposto em toda televisão com graves mentiras e calúnias.