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Políticas ambiental e indígena estão no coração do governo, diz Marina Silva
Em participação por vídeo em seminário sobre retomada econômica, promovido no auditório do Insper, em São Paulo, a ministra buscou mostrar sinergia com outros ministérios
"O presidente Lula deu uma mensagem de que vamos trabalhar até o último momento para preservar as atribuições do MMA (Ministério do Meio Ambiente) e do MPI (Ministério dos Povos Indígenas). Essas políticas estão no coração do governo", afirmou a ministra Marina Silva (Meio Ambiente) na manhã desta terça-feira (30).
Em participação por vídeo em seminário sobre retomada econômica, promovido no auditório do Insper, em São Paulo, a ministra buscou mostrar sinergia com outros ministérios na implementação da política ambiental do governo federal.
"Temos 19 ministérios trabalhando agendas de clima, bioeconomia e outras que dialogam com essas", afirmou Marina. Entre as propostas apresentadas pelos organizadores do seminário ao governo federal, está a alocação da pauta climática em ministérios-chave, como a Casa Civil e a Fazenda.
"Junto aos ministérios da Agricultura, da Fazenda e do Desenvolvimento Agrário, estamos trabalhando para apresentar o Plano Safra em meados de junho, todo ele com agricultura de baixo carbono", disse, prevendo que produtores rurais devem ter redução de juros proporcional ao patamar nas práticas de baixo carbono.
A ministra também anunciou que o governo deve propor uma agenda de regulamentação do mercado de carbono por lei, junto ao Congresso, através de um grupo de trabalho dos ministérios do Meio Ambiente, Fazenda, Ciência e Tecnologia, Indústria e Comércio e o governo.
João Paulo Capobianco, secretário-executivo do MMA, também convidado do evento, disse que haverá negociação com o Congresso "para não chegar por cima de todo mundo e evitar criar aquele ruído político". Ele prevê entregar a proposta de mercado de carbono a Lula até o fim da semana.
Outro esforço conjunto de ministérios busca criar uma política nacional de bioeconomia, que será aberta a consulta pública, segundo Capobianco.
"Também estamos com um plano de transição ecológica, liderado pela Fazenda. Isso nunca aconteceu. É um momento de avançar", disse o secretário-executivo. "Temos um governo afinado e comprometido com a agenda, e um Congresso com muita dificuldade", avaliou.