Lula defende integração e legado da Unasul em reunião com líderes da América do Sul

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu ao lado de 11 líderes sul-americanos a integração da região e o legado da Unasul

Por Folhapress

Brazil's President Luiz Inacio Lula da Silva (C) speaks during a meeting with fellow South American leaders at the Itamaraty palace in Brasilia on May 30, 2023. - Brazilian President Luiz Inacio Lula da Silva is hosting his fellow South American leaders Tuesday for a "retreat" aimed at strengthening ties in a region where left-wing governments are newly back in style. (Photo by Sergio Lima / AFP)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta terça-feira (30), ao lado de 11 líderes sul-americanos, a integração da região e o legado da Unasul (União de Nações Sul-Americanas).
Lula disse também que os interesses que unem os países "estão acima de divergências ideológicas", uma resposta às críticas de que a reativação do órgão responde a um contexto de viés à esquerda na região.
"Permitir que as divergências se imponham teria um custo elevado, além de desperdiçar o muito que já construímos conjuntamente", disse o petista. Na linha de discursos anteriores, também propôs a criação de uma "unidade de referência comum para o comércio", para tentar de reduzir a dependência do dólar.
A declaração aconteceu na abertura do encontro com representantes de todos os países da América do Sul, em Brasília, uma iniciativa do próprio Lula na tentativa de buscar uma integração regional.
Lula também usou a fala de abertura para se referir aos ataques golpistas de 8 de janeiro, quando as sedes dos três Poderes no Brasil foram depredadas por bolsonaristas, ao dizer que as ofensivas a instituições democráticas "nos ofereceram uma trágica síntese da violência de grupos extremistas, que se valem de plataformas digitais para promover campanhas de desinformação e discursos de ódio".
Participam da reunião Alberto Fernández (Argentina), Luís Arce (Bolívia), Gabriel Boric (Chile), Gustavo Petro (Colômbia), Guillermo Lasso (Equador), Irfaan Ali (Guiana), Mário Abdo Benítez (Paraguai), Chan Santokhi (Suriname), Luís Lacalle Pou (Uruguai) e Nicolás Maduro (Venezuela).
Apenas a presidente do Peru, Dina Boluarte, não compareceu por estar legalmente impedida de deixar o país. Ela foi representada pelo presidente do Conselho de Ministros, Alberto Otárola.
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