PT vai reavaliar decisão contra a filiação de Sgarbossa

Vereador foi impedido de retornar ao partido após pedido de suplentes; PT fará uma nova reunião para tomar decisão

Por Nikelly de Souza

Vereador assumiu mandato sem estar vinculado a partidos
O Partido dos Trabalhadores (PT) optou por reavaliar a decisão tomada anteriormente que previa a impugnação da filiação de Marcelo Sgarbossa (sem partido). A retomada da discussão surgiu a pedido do próprio parlamentar, após a direção do partido entender que houve um equívoco na interpretação do estatuto por parte da direção. 
Na última semana, o PT havia acatado ao pedido de Adeli Sell (PT) e Everton Gimenez (PT) que requisitava a impugnação da filiação de Sgarbossa ao partido. Os suplentes alegavam que a troca de sigla por parte do parlamentar foi um ato de infidelidade partidária.
O impasse iniciou após Sgarbossa trocar de partido em fevereiro do ano passado. O vereador saiu do PT para atuar no Partido Verde (PV) e, agora, tenta retornar novamente ao PT. A movimentação gerou contestação por parte de Sell, que disse ser oportunista a tentativa de retorno de Sgarbossa - surgida após vagar duas cadeiras do partido na Câmara, que, respectivamente, seria assumida pelos suplentes. De acordo com a lista de suplência, Sgarbossa estaria à frente de Adeli Sell; Everton Gimenez viria logo depois.
A decisão tomada pela direção do PT municipal será reavaliada em uma nova reunião marcada para acontecer na próxima segunda-feira. Desta vez, o encontro contará com a presença de Sgarbossa e Adeli Sell - que terão o direito de se manifestar.
A presidente do PT de Porto Alegre, Maria Celeste de Souza, disse que a decisão de rever a impugnação da filiação de Sgarbossa foi tomada após entender que houve uma má compreensão do estatuto do partido por parte da direção. "A decisão foi tomada de forma equivocada, houve uma má interpretação de um artigo que aponta sobre a questão do direito de defesa", justificou.
Celeste ainda prevê um cenário desfavorável para Sgarbossa, pois acredita que os diretores do partido dificilmente mudarão de posição. "O cenário de votação é o mesmo, eles (os diretores) mantem suas decisões, o que muda é que estamos cumprindo os ritos previsto na Constituição do partido".
Sgarbossa assumiu ao mandato na Câmara Municipal no dia 01 de fevereiro - sem estar filiado a partido. Dessa forma, caso o PT torne a negar a sua filiação, o partido poderá reivindicar judicialmente a cadeira no legislativo.