PL faz representação ao TSE pedindo anulação de votos e mudança no resultado final da eleição

Partido questiona sufrágios em 279 mil urnas no 2º turno do pleito; TSE pede que sigla inclua o 1º turno da eleição

Por Agência Estado

O presidente brasileiro e candidato à reeleição Jair Bolsonaro fala à imprensa no Palácio do Planalto, em Brasília, em 4 de outubro de 2022. terminar um segundo mais próximo do que o esperado para o favorito Luiz Inácio Lula da Silva no primeiro turno de 2 de outubro.
Em representação enviada nesta terça-feira (22) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PL questiona o resultado do 2º turno da eleição presidencial, em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito presidente da República, no dia 30 de outubro. O resultado foi proclamado na noite da eleição pelo TSE.
Mais de 20 dias depois da eleição, o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, sustenta que o candidato derrotado teve 51,05% dos votos no segundo turno das eleições, e teria vencido a disputa com Lula. Para chegar a esse percentual, o partido pede a anulação dos votos de 279 mil urnas. O número representaria mais da metade dos votos do País. As informações são da Agência Estado.
Depois que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, anunciou a conclusão do relatório do partido sobre as eleições, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, deu 24 horas para que a sigla também inclua na ação ao tribunal o questionamento ao resultado do 1º turno das eleições.
Com isso, o partido está obrigado a questionar os números que fizeram do PL a maior bancada na Câmara Federal, com 99 deputados.
Bolsonaro e Costa Neto entraram com ação no TSE pedindo que sejam desconsiderados os votos das 279 mil urnas sob o argumento de que os modelos são anteriores a 2020 e têm o mesmo número de patrimônio. O PL alega que isso impediria a fiscalização dos equipamentos. Essas urnas, porém, já foram usadas nas eleições de 2018.
Recentemente, auditoria feita pelas Forças Armadas não identificou qualquer indício de fraude nas eleições.