É obrigação questionar a dívida com a União, sustenta Vieira

Pedetista afirma que não vai privatizar Banrisul e Corsan

Por JC

Vieira da Cunha afirma que não vai privatizar Corsan e Banrisul
Lívia Araújo e Fernando Albrecht
O pedetista Vieira da Cunha, candidato ao governo do Estado em aliança com o Avante, pretende questionar as regras do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) "no primeiro minuto de governo". Para cumprir as exigências do programa, o governo terá de dispender, até 2030, além das parcelas mensais da dívida, um montante de R$ 14 bilhões referente a valores não pagos nos últimos anos, além de implementar medidas de austeridade fiscal, algumas delas já em curso.

JC VÍDEOS: Como foi a entrevista com Vieira da Cunha

"Se o volume da dívida está sendo contestado, se o RS não deve os R$ 75 bilhões que a União alega que devemos, como vou assinar um acordo com base em um montante que é questionável?" e, nesse sentido, "é uma obrigação do governador questionar judicialmente essa dívida".
Para garantir investimentos, principalmente em educação e no fortalecimento de regiões do Estado deprimidas economicamente, Vieira também pretende "retomar lutas históricas, como o ressarcimento das perdas da Lei Kandir".
Nesta entrevista ao Jornal do Comércio, Vieira, que é procurador de Justiça, afirma ainda que não privatizará o Banrisul e a Corsan. "Um governo sob nossa responsabilidade preservará o patrimônio público."
 
 
 
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Perfil

Carlos Eduardo Vieira da Cunha nasceu em Cachoeira do Sul em 1960. Procurador de Justiça, é formado em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Filiou-se ao PDT em 1981, aos 21 anos. Em 1985, o pedetista foi eleito vereador de Porto Alegre, onde atuou em duas legislaturas (1986-1992). Em 1993, assumiu a presidência da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE). Em 1994, foi eleito deputado estadual, tendo sido reeleito duas vezes e assumido a presidência da Assembleia Legislativa, de 2004 a 2005. Depois disso, também foi eleito para duas legislaturas na Câmara dos Deputados, onde foi líder do PDT na casa legislativa. Disputou a prefeitura de Porto Alegre nas eleições de 1996 e 2004. Fora do Legislativo, Vieira da Cunha também foi candidato ao Piratini em 2014, tendo apoiado José Ivo Sartori (MDB) no segundo turno. Com a vitória de Sartori, Vieira atuou como secretário da Educação na gestão emedebista entre 2015 e 2016.